Taxistas de Cidade do Leste, no Paraguai, pedem maior fiscalização à táxis de Foz do Iguaçu que atravessam a fronteira para levar passageiros à cidade vizinha. A reclamação é de que os taxistas brasileiros, além de deixar passageiros na cidade vizinha, também trazem passageiros de volta à Foz.
Nas duas cidades existe uma determinação que proíbe que taxistas tragam passageiros ao país de origem. Por exemplo, um táxi brasileiro pode levar um passageiro para o Paraguai, mas não pode trazer para Foz do Iguaçu, com exceção para os taxistas que lavam e trazem o mesmo passageiro. Neste caso, é preciso ter uma autorização que é retirada na entrada do país.
Por isso, os trabalhadores do Paraguai pedem que a Direção de Transporte Público (Dinatran) de Cidade do Leste aumente a fiscalização à táxis brasileiros que circulam em território paraguaio. Os taxistas dizem que os funcionários municipais não fazem o controle. No último final de semana, os trabalhadores paraguaios foram informados pela Dinatran, que devem apresentar a Inspeção Técnica Veicular, para continuar trabalhando. Os taxistas entenderam o comunicado como uma represália por parte das autoridades.
Yony Dandy Castillo, membro da Federação de Taxistas del Este, salientou que a mesma proibição vale para os dois lados da fronteira. “No Brasil, se tentar trazer um passageiro, que não seja o que levou, o taxista pode ser multado em mil reais. Esse foi o acordo que chegaram às autoridades do país vizinho, mas aqui em Cidade do Leste não existe funcionário público que controle os táxis brasileiros. Então existe uma concorrência desleal”, disse Castillo.
Manifestação
A Federação de Taxistas del Este afirmou que poderão iniciar uma manifestação na cabeceira da Ponte Internacional da Amizade, impedindo a entrada de táxis brasileiros ao país, caso o município de Cidade do Leste não comece uma fiscalização mais rigorosa.
Fonte: Diario Vanguardia