Por Itaipu
A Itaipu Binacional realizou pela primeira vez, em 32 anos de operação, um exercício de evacuação total da usina, envolvendo o Edifício de Produção e a área industrial. A atividade fez parte da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) e mobilizou aproximadamente mil empregados, estagiários, terceirizados, jovens aprendizes e até mesmo turistas.
Até então, os exercícios de abandono ocorriam ou no Edifício de Produção ou na área industrial, mas não simultaneamente nos dois setores. Desta vez, os colegas da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) simularam um incêndio no transformador da unidade 10A, que fica exatamente debaixo do edifício.
Se fosse uma ocorrência real, a fumaça poderia subir e invadir todo o prédio – daí a necessidade de evacuação total. “Foi o maior exercício de abandono já feito na Itaipu. A importância dessa atividade é que nós fiquemos preparados para uma eventual ocorrência. Queremos que isso nunca aconteça, mas temos que estar preparados”, disse o presidente da Cipa, Henrique Ribeiro.
O exercício começou exatamente às 15h07, quando disparou o alarme e as luzes do prédio começaram a piscar. Às 15h10, um dos operadores já atuava no sistema de controle e ventilação (dampers), para impedir que a fumaça invadisse – virtualmente – escadas e elevadores. Em seguida, os bombeiros entraram em ação.
Com a orientação dos brigadistas, os ocupantes foram aos poucos deixando o prédio, sem tumulto nem incidentes, conforme previsto no manual de segurança. O prédio foi evacuado em apenas nove minutos. Todos aguardaram o desfecho da ocorrência na pista do lado de fora do edifício.
Após o final da simulação, os encarregados pelo exercício se reuniram para avaliar os resultados. “Acho que o resultado foi muito bom. Para chegar a ótimo, precisamos melhorar algumas coisas. Mas, no geral, foi muito positivo”, ponderou Ribeiro, que participou de toda a ação com uma câmera no capacete para gravar – e depois analisar – a atividade.
O presidente da Cipa acrescentou que, para cada ponto crítico da usina, há um procedimento previsto no Plano de Ação de Emergência (PAE) de Itaipu. O incêndio em uma das unidades geradoras abaixo do Edifício de Produção é um deles. O documento está disponível na intranet e pode ser acessado por todos os empregados.
Em Curitiba, “vítima” desceu de maca
Também na sexta-feira (19), como parte da Sipat 2016, foi feito um exercício de abandono da sede de Itaipu em Curitiba, no Edifício Parigot de Souza (área central). A atividade foi concluída em menos de seis minutos.
O exercício na capital foi um pouco diferente neste ano por incluir uma “vítima” – a advogada Ana Maria Garcia Rossi, da Diretoria Jurídica. Com a ajuda dos brigadistas, ela desceu desde o 7º andar – correspondente ao 8º pavimento – na maca especial para escadas. “As coisas que são ensinadas podem ser esquecidas. As que são vividas, são lembradas”, comentou o coordenador da Brigada de Emergência, Luiz Cláudio Barreto.
Por Itaipu