Mais duas testemunhas foram ouvidas na tarde desta quarta-feira, 17, no auditório da Polícia Federal, nesta fase da Operação Pecúlio, realizada pela Justiça Federal. o juiz da 3ª Vara Federal em Foz, Pedro de Aguirre Filho, ouviu a Chefe da divisão de vigilância epidemiológica, Marlene Alves do Santos e ex-diretora de saúde, Adriana Valadão.
A ex-diretora de Saúde, Adriana Valadão foi a primeira a ser ouvida. Ela foi questionada sobre a proposta da Parceria Pública Privada, que não foi implantada no município, e também em relação a reforma e licitação do Pronto Atendimento do Morumbi. Em resposta, Valadão respondia que não sabia, não lembrava, não tinha certeza ou não saberia responder.
Em seguida, foi a vez de Marlene Alves ser ouvida. Ela foi questionada em relação a fiscalização no Hospital Municipal de Foz em 2014. Marlene explica que, na época, o Ministério Público Federal solicitou um documento apresentando as condições sanitárias do Hospital, e que o relatório foi feito por sua equipe, mas sofreu alterações sem seu conhecimento.
Marlene conta que após terminar o relatório, a então a então Diretora de Gestão, Marli Terezinha Teles, solicitou que fosse feita alterações no documento antes de ser entregue ao MPF. “Eu me recusei a fazer as mudanças, pois se tratava de um serviço técnico e eu não me envolvo com política. Fiz conforme o MPF solicitou”. Ressaltou.
Ela conta que mesmo assim a alteração foi feita e entregue ao MPF com sua assinatura, mas sem seu consentimento. “Descobri a alteração quando o delegado solicitou a cópia do documento original, então percebi que o Ministério Público Federal não havia recebido o original”. Relatou.
Segundo ela, o documento original relatava as fragilidades do Hospital Municipal, com fotos e vídeos. Problemas que, segundo ela, poderiam afetar os pacientes. “Eles tiraram do documento original a folha com as assinaturas, e anexaram no documento alterado”. Disse.
Marlene contou ainda que, em seguida, foi exonerada do cargo. “Fiquei sabendo o motivo de minha exoneração através dos grampos divulgados. Na época, não tinha motivo para me tirar do cargo”. Ressaltou.
As oitivas continuam na sexta-feira, 19, com os depoimentos da diretora do HMFI, Patrícia Foster, e da procuradora Claudia Canzi.
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