De acordo com a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), 180 países patrocinam a “Trégua Olímpica” dos Jogos do Rio 2016. A medida foi aprovada pela Assembleia Geral em outubro do ano passado, numa resolução de iniciativa do Brasil. O apelo da ONU para o fim das hostilidades em todo o mundo começou a valer na última sexta-feira (29).
A resolução sobre a Trégua pede a paralisação dos conflitos no período de sete dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, que começam no dia 5 de agosto de 2016, até sete dias depois da cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos, que está agendada para 18 de setembro de 2016. O texto da resolução reafirma a eficiência do esporte na promoção do diálogo e da reconciliação em áreas de conflito.
De acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), a Trégua Olímpica tem o “objetivo de proteger os interesses dos atletas e do esporte em geral, além de encorajar a busca por soluções pacíficas e diplomáticas para os conflitos pelo mundo”.
Para isso, o COI tem como objetivos mobilizar os jovens para a promoção dos ideais olímpicos; utilizar o esporte para estabelecer contatos entre as comunidades em conflito; oferecer ajuda humanitária em países em guerra; e criar uma janela de oportunidades para o diálogo e reconciliação.
A Trégua Olímpica integra a agenda da Assembleia Geral das Nações Unidas a cada dois anos, intervindo pela paz e pelo esporte às vésperas de cada Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno. A medida remete à tradição da Grécia Antiga do século VIII A.C, quando um tratado de trégua foi assinado entre três reis para permitir que atletas e suas famílias pudessem viajar em segurança para assistir aos Jogos Olímpicos e retornar aos seus locais de origem. O Comitê Olímpico Internacional recuperou a prática em 1992, cobrando de todos os países a observação de pausa nas hostilidades.
A Ucrânia se absteve de assinar o documento, explicando que se sentiu forçada pela agressão da Rússia, que desrespeitou a trégua durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014.
*Com informações do COB e do COI