No sábado (6), ás 15 horas, nasceu o primeiro macuco no Parque das Aves. O ovo estava sendo incubado há 21 dias e o filhote começou a saída da casca na parte da manhã, mas houve complicações durante o processo, pois ele não estava conseguindo quebrar o ovo sozinho e precisou da ajuda da equipe de veterinários.
Além desse pequeno macuco, outros ovos estão sendo incubados no berçário do Parque. Inclusive, um filhote já está partindo a casca utilizando seu “dente de ovo”, que é um mecanismo de ruptura que ajuda a quebrar o ovo.
O Macuco é uma espécie que reside no Parque desde 1997. Em 2013, quatro indivíduos foram recebidos da Ong Crax Sociedade de Pesquisa da Fauna Silvestre. Em 2015, cinco casais da espécie vieram para o Parque e, um ano depois, foram feitas as primeiras posturas.
O hábitos de reprodução do Macuco são diferentes da maioria das outras aves, pois o macho é o responsável por chocar os ovos. Uma fêmea bota de 3 a 5 ovos por macho, que ficam de 19 á 21 dias incubandos. Em cativeiro é um pouco diferente, pois os ovos são retirados e levados para a incubadora, onde são monitorados até que aconteça a eclosão.
Os ovos são incubados em cativeiro porque os primeiros ovos postos no recinto foram quebrados, provavelmente pelos pais. Então, para proteção, todas as posturas agora são encaminhadas para o berçário.
O Macuco (Tinamus solitarius) vive na Mata Atlântica do leste do Brasil, sudeste do Paraguai e extremo nordeste da Argentina. Infelizmente, devido à caça e à depredação de seu habitat natural, hoje ele é relativamente raro na região que normalmente habita, mas comum em áreas protegidas.
A ave não está listada na portaria 444/2014 como espécie ameaçada de extinção, mas está na lista vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) como quase ameaçada.