A greve dos auditores fiscais da Receita Federal tem causado transtorno aos caminhoneiros que precisam da liberação da carga no Porto Seco de Foz do Iguaçu, para seguir viagem aos países vizinhos ou a outras cidades brasileiras. Com a paralisação da fiscalização durante toda a quinta-feira (14), os caminhões permaneceram estacionados por quase 24 horas ao longo da Avenida Paraná, uma das principais vias da cidade.
Com o trânsito de carga pesada, houve congestionamento de veículos durante os horários de pico. o Sindicato de servidores da Receita Federal em Foz do Iguaçu, informou que os funcionários resolveram fazer um protesto mais intenso, retirando parte do efetivo e fazendo o mínimo. “O pátio encheu e causou filas. Foi tentada uma reunião com o Ministro, que não recebeu representantes da classe”. O governo assinou em março um acordo de reajuste, que ainda não foi cumprido.
Em entrevista à Rádio Cultura na manhã desta sexta-feira, caminhoneiros reclamaram da demora para liberação dos caminhões, que causa prejuízo e transtornos para os motoristas que pernoitem na rua sem condições.
A assessoria da Receita Federal em Foz do Iguaçu divulgou uma nota esclarecendo sobre os trabalhos no Porto Seco.
Ontem foram liberados 575 caminhões, que correspondem às cargas perigosas, perecíveis e canal verde (cargas com baixo risco de irregularidades que são liberadas automaticamente pelo sistema).
Em um dia normal seriam liberados de 750 a 800 caminhões.
No momento há 530 caminhões aguardando para entrar no Porto: 80 provenientes da Argentina, 40 provenientes do Paraguai e 410 de exportação.
Uma informação importante:
Ao contrário do que tem sido divulgado, o Porto Seco de Foz do Iguaçu é o maior do Brasil, sendo considerado também o maior da América Latina há 4 anos, segundo dados da ABTI (Associação Brasileira de Transportadores Internacionais).