Só duas cidades paranaenses estão na categoria A no novo Mapa do Turismo Brasileiro, divulgado nesta terça-feira (12) pelo Ministério do Turismo: Curitiba e Foz do Iguaçu. Em todo o Brasil, há apenas 51 municípios que se enquadram nesta categoria, que representa aqueles com as maiores demandas e infraestrutura turística superior. No total, o Brasil tem 2.175 municípios com potencial turístico.
A categorização, que vai de A a E, é feita com base, entre outros fatores, no número de estabelecimentos de hospedagem, número de empregos formais ligados ao turismo e estimativa de turistas de demanda doméstica e internacional. Na versão deste ano, houve uma redução dos municípios com potencial turístico, que na última edição, de 2013, chegavam a 3.345.
Segundo o ministro interino do Turismo, Alberto Alves, o redimensionamento contribui para melhorar a capacidade do Ministério do Turismo de atuar de forma coordenada com os estados, regiões turísticas e municípios, para desenvolver e consolidar novos produtos e destinos turísticos. “Com um mapa mais enxuto e que retrata de forma mais fiel a oferta turística brasileira, poderemos focar nossos esforços e otimizar nossos resultados, afirmou.
No Paraná, foi reduzido de 261 para 224 o número de municípios participantes de suas 14 regiões turísticas. O Paraná manteve dois municípios na categoria A (Curitiba e Foz do Iguaçu) e nove na B. Nas outras categorias, houve redução: o número passou para 31 na C (eram 32); 138 na D (eram 156) e 44 na E (eram 61).
Dentro da metodologia, as cidades contempladas nas categorias A, B e C contam com 95% dos empregos formais em meios de hospedagem, 87% dos estabelecimentos formais de meios de hospedagem, 93% do fluxo doméstico e têm fluxo internacional. O conjunto de municípios dos grupos D e E reúne características de apoio às cidades geradoras de fluxo turístico. Muitas vezes são aquelas que fornecem mão de obra ou insumos necessários para atendimento aos turistas.
Segundo o Ministério do Turismo, houve diminuição no número de municípios com potencial turístico em 24 dos 26 estados. As exceções foram Pará e Santa Catarina.
Em entrevista o diretor do Departamento de Ordenamento do Turismo, Rogério Cóser, disse que, com ajuda do mapa, “o dinheiro público é melhor aplicado nas regiões que realmente têm vocação turística”. E completou: “Se pudéssemos atender os 5.570 municípios do Brasil com muito dinheiro, estaríamos com um sorriso de orelha a orelha. Mas, infelizmente, a situação está difícil, então temos que usar o pouco que temos da melhor forma possível”.
Ele explicou que o mapa “é um instrumento que visa auxiliar o governo federal e os estados na aplicação das políticas públicas de turismo. Com o mapeamento, o gestor consegue direcionar as verbas para as regiões certas, pois às vezes vemos verbas sendo usadas em cidades que não têm vocação para o turismo. Pode até ser em uma excelente obra para o município, mas pode se tornar um elefante branco por causa da falta de demanda”, concluiu Cóser.
A elaboração do Mapa do Turismo é feita em conjunto com os órgãos oficiais de Turismo dos estados brasileiros. Para a atualização do mapa, foram realizadas oficinas e reuniões em todas as 27 unidades da federação e a validação do mapa foi feita pelos estados e Distrito Federal em seus respectivos Fóruns ou Conselhos Estaduais do Turismo.
Por PMFI