Por telefone, o Deputado Rubens Bueno, do PPS, falou sobre a votação do pedido de cassação do deputado Eduardo Cunha, do PMDB, e também sobre a votação do novo presidente da Câmara dos Deputados marcada para começar às 16h desta quarta-feira, 13.
O deputado participou, por telefone, do programa Contraponto na manhã desta quarta-feira, 13. Ele participa de uma reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, CCJ, e analisa o recurso de Cunha contra pedido de cassação.
Segundo Bueno, o objetivo é votar este recurso antes da votação que vai eleger o novo presidente da Câmara dos Deputados. “Queremos concluir esta votação, e depois votar em plenário o processo de cassação do pmdebista. ” O deputado explicou, ainda, que caso a votação do recurso seja concluída hoje, já no início de agosto o pedido de cassação será votado em plenário.
Novo presidente da Câmara dos Deputados
O parlamentar falou também sobre a votação do novo presidente da Casa. Estão na disputa 17 candidatos. Bueno adianta que a banda PPS, DEM e PSDB vai apoiar o deputado Rodrigo Maia, do DEM/RJ, para presidente.
“Como são muitos candidatos, é inevitável um segundo turno. O Rodrigo Maia tem apoio da bancada desde o início de 2015, quando já denunciava as fraudes fiscais e o estelionato eleitoral comedido pela presidente Dilma Rousseff, do PT. São partidos linha de frente de todo este processo”. Ressaltou.
Após a votação, caso acontecer um segundo turno, serão separadas duas urnas para a nova votação entre os dois mais votados. Segundo Bueno, pelo menos 120 a 140 deputados vão votar e tentar levar o deputado Rodrigo Maia para o segundo turno. “A votação é secreta e acontece pelo sistema eletrônico, onde são registrados os votos, por isso estamos trabalhando firme para que nosso candidato vá até o final. ” Contou.
Governo Michel Temer, PMDB
O deputado do PSS também fez uma avaliação de dois meses do governo de Michel Temer, do PMDB. Bueno disse acreditar que o país vive um novo momento. “Pelo menos passamos a respirar melhor. Era uma tensão permanente com a presença de Dilma. O país vai se recuperando através de medidas adotadas pelo então presidente com o objetivo de reestabelecer a economia. ” Argumentou.
Questionado sobre algumas medidas que prevê o aumento de alguns impostos, o deputado criticou o governo petista. Para ele, estas medidas, tomadas pelo presidente Temer, é resultado do legado deixado pelo governo petista.
“O legado deixado por Dilma, Lula e PT é entristecedor. Destruíram a economia do país. Mais de 11.400 mil desempregados. 200 mil empresas fecharam as portas. É um legado muito triste. É preciso adotar meditas para que o país volte a crescer. Esta e a realidade do país que Temer assume”. Finalizou.
Entre os candidatos à presidência da Casa tem um representante do estado do Paraná, o deputado Fernando Giacobo, do PR/PR. Os outros 16 candidatos são:
Beto Mansur (PRB-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Esperidião Amin (PP-SC), Evair Vieira de Melo (PV-ES), Fábio Ramalho (PMDB-MG), Fausto Pinato (PP-SP), Fernando Giacobo (PR-PR), Gilberto Nascimento (PSC-SP), Luiza Erundina (PSOL-SP), Marcelo Castro (PMDB-PI), Maria do Rosário (PT-RS), Miro Teixeira (Rede-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Rogério Rosso (PSD-DF)
A votação para o novo presidente acontece após a renúncia do deputado Eduardo Cunha da presidência da Casa. Cunha é investigado pela Polícia Federal. O então presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA) também não teve a graça da maioria dos deputados. A votação está marcada para esta quarta-feira, 13, a partir das 16h. O rito é extenso, e caso aconteça um segundo turno, os dois candidatos mais votados terão o direito de um discurso de dez minutos cada.
O novo presidente toma a presidência imediatamente.