O deputado federal Fernando Giacobo, com domicílio eleitoral em Foz do Iguaçu, passou o domingo articulando com líderes da Câmara a eleição para a Casa. Giacobo é o atual 2º vice-presidente da Câmara e preside as sessões da Câmara desde o afastamento de Eduardo Cunha.
Depois de reviravoltas, deputados podem acertar hoje (11) a data definitiva para eleição do sucessor de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na presidência da Câmara. Negociações travadas por telefone e em reunião entre alguns parlamentares na tarde de ontem (10) sinalizam para a votação na próxima quarta-feira (13). A data era defendida, desde o anúncio da renúncia de Cunha, pelo primeiro secretário da Mesa Diretora, Beto Mansur (PRB-SP) que argumentava ser o dia tradicionalmente mais cheio da Casa, garantindo quórum para que o pleito fosse realizado.
Mansur liderou as conversas deste domingo. Primeiro fez o contato com o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que queria a eleição na quinta-feira (14). Com sinais positivos da parte de Maranhão, Mansur partiu para a conversa com líderes, entre eles, André Moura (governo), Rogério Rosso (PSD) e Jovair Arantes (PTB). O deputado Giacobo (PR-PR), segundo vice-presidente da Câmara, também participou do encontro que acabou convencendo parlamentares que defendiam eleições na terça-feira (12) a esperar um dia a mais. Neste grupo estão PMDB, PEN, PTB, PSC, PP, PTN, PR, PRB, PV, PHS, SD, Pros e PSL.
Apesar de otimista, Mansur segue cauteloso em relação ao possível fim dos impasses. “Acho que convenci todo mundo. Vamos fazer uma reunião da Mesa às 15h de hoje para homologar esta decisão”, afirmou. No encontro também serão discutidos o tempo de fala de cada candidato e o intervalo entre o primeiro e segundo turnos, considerando que o número de candidatos deve levar a disputa a duas fases. “Precisamos definir, até para quem for para o segundo turno poder compor com outros partidos o apoio”, explicou.
O PMDB, com 66 deputados, tem dois nomes até o momento disputando o cargo oficialmente: Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG). Além destes, há a expectativa do registro de candidatura de mais alguns correligionários do presidente interino Michel Temer. Nos bastidores, circulam os nomes dos deputados Baleia Rossi (SP), Osmar Serraglio (PR), Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR) como possíveis candidatos do partido.
Ao lado de Castro e Ramalho, oficialmente já registraram candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Já os deputados Beto Mansur (PRB-SP) e Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, anunciaram a intenção de concorrer, mas ainda não formalizaram as candidaturas.
Também são aguardadas as candidaturas dos deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso (PSD-DF). Há ainda a possibilidade de uma candidatura do PSol.
Maia tenta costurar o apoio a sua candidatura fora do chamado centrão, tentando aglutinar o PSDB, PPS e PSB. Maia tenta ainda o apoio de partidos da oposição, como o PT e o PCdoB. Já Rosso, apesar de negar que está na disputa, busca se viabilizar como o candidato de consenso do Planalto.
EBC