Um jogo de tabuleiro vai ajudar professores da rede pública de ensino a levar conceitos de sustentabilidade às salas de aulas. O Jogo CAB, produto de uma parceria entre Itaipu Binacional e a Carlu Brinquedos, será entregue às escolas dos 29 municípios da Bacia do Paraná 3. Desde segunda-feira (4), professores de 54 escolas municipais de Foz do Iguaçu iniciaram, no Ecomuseu, uma capacitação para usar o jogo como ferramenta de ensino.
A previsão é que, até agosto, todas as escolas da cidade estejam aptas a usar o jogo. Até lá, semanalmente, grupos de educadores participam da formação no Ecomuseu.
“O Jogo CAB leva à sala de aula outra forma de aprender, de um modo mais lúdico e interativo”, diz a educadora Lucilei Rossassi (MAPE.CD). Segundo ela, cada escola receberá quatro kits para aplicar nas salas de aula. Para levar o material, é necessário fazer a formação pedagógica. “É uma garantia que o professor conhece a proposta e sabe como funciona o jogo.”
De acordo com Lucilei, antes de lançar o jogo, foi feito um levantamento da grade de disciplinas ensinadas nas turmas de 5º ano das escolas municipais da região. “Os currículos se baseiam no que a Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) recomenda, são grades parecidas”, diz.
Com base neste currículo, foram aplicados temas abrangentes sobre a geografia regional, a relação do ser humano com o espaço em que vive, desenvolvimento agrícola e cultura indígena, entre outros. “O professor pode usar quando perceber que determinado conteúdo pode ser melhor explicado com o jogo, para fazer uma revisão de uma matéria, ou uma análise mais aprofundada”, exemplifica.
O tabuleiro mostra a Bacia do Rio Paraná 3 com suas microbacias. Ao longo do jogo, o aluno conhece a região e as ações do Cultivando Água Boa na BP3. “O jogo não premia quem chega primeiro, mas quem faz mais ações ao longo do território. O importante é que o jogador conheça as microbacias e as ações que são feitas nelas”, conclui Lucilei.
“É muito interessante, o aluno acaba conhecendo toda a região”, considera a professora Cristina Oliveira Prado, da Escola Padre Luigi. “Podemos trabalhar temas que fazem parte do currículo escolar, como geografia, ciências e as questões sociais do programa, que são trabalhadas na região.”
Assessoria