Por Assessoria
Palco de diversas competições esportivas internacionais, a usina de Itaipu entrou no roteiro da Tocha Olímpica Rio 2016.
A descida do canoísta Felipe Borges pelas corredeiras do Canal Itaipu encerrou a visita histórica da tocha olímpica à usina de Itaipu, nesta sexta-feira (1º). Único atleta de Foz do Iguaçu classificado para a Rio 2016, Borges foi o último a conduzir a chama olímpica na hidrelétrica.
“Acho que é um momento único pelo qual o Brasil vai passar. Estou muito feliz por ter carregado a tocha num lugar onde que eu praticamente moro”, disse Felipe Borges. “A emoção é muito grande, por conduzir a tocha onde eu sempre treinei. Se cair uma lágrima, não vou ter vergonha de soltá-la”, concluiu.
A usina foi um dos atrativos de Foz escolhidos pelo Comitê Rio 2016 para captação de imagens do revezamento, no segundo dia da tocha na cidade. O trajeto começou pelas Cataratas do Iguaçu, pela manhã. De Itaipu, a tocha seguiu para o Templo Budista, de onde voltou ao Parque Nacional do Iguaçu.
Outras seis pessoas, todas empregadas de Itaipu, também carregaram a tocha em cinco pontos no interior da usina. O percurso começou na via dos condutos forçados, seguiu para o alto da barragem. De lá, a tocha passou pelo Mirante Central e pelo Mirante do Vertedouro, até chegar ao Canal Itaipu, palco de inúmeras competições esportivas e celeiro de atletas como o próprio Felipe Borges.
No Mirante Central, a chama encontrou outra tocha, empunhada pela estátua do Barrageiro Homem de Aço, que manterá aceso o “fogo olímpico” nos meses de julho e agosto. A estrutura em sucata foi construída por brasileiros e paraguaios nos anos de 1980 para representar o espírito esportivo da empresa.
Chama binacional
Em Itaipu, a chama olímpica passou pelos lados brasileiro e paraguaio da usina. A binacionalidade de Itaipu também foi simbolizada pelos carregadores da tocha, a maioria escolhida por sorteio interno (quatro pessoas). Dos seis empregados de Itaipu, dois são paraguaios e quatro brasileiros.
O Paraguai foi representado por Arturo Fernando Abegg Ovelar e Celsita Maria Graciela Diaz Stete, ambos da área financeira de Itaipu. No alto da barragem, a chama olímpica passou da tocha dos brasileiros Newton Luiz Kaminski (Obras e Desenvolvimento) para a de Alexandre de Andrade Cardoso (Segurança Empresarial). Os demais brasileiros foram Kleber Arrabal (Manutenção) e Analice Correa Bequer (área ambiental).
“A tocha é um meio de transporte, o fogo, que representa a união, a paz e o congraçamento do esporte, veio do lado paraguaio e passou para o lado brasileiro. Isso é muito lindo”, afirmou Alexandre, emocionado. “É uma emoção indescritível carregar a tocha lá do alto da barragem”.