O empresário e vice-presidente da Acifi, Paulo Puccinelli, participou do programa Contraponto da Rádio Cultura na manhã desta quinta-feira, 30. Puccinelli fez uma análise do momento político tanto nacional como municipal. “É com tristeza que assisto toda esta corrupção no meio político e também no setor empresarial. ” Observou.
Para o empresário, o próprio eleitor tem culpa do momento ruim que vive a política. Segundo ele, é um reflexo da falta de cultura, de informação. “Tem eleitor que chega a vender o voto de maneira consciente, sabendo do erro, mas também tem aquela parte de eleitores que realmente é engana pela falta de informação”. Ressaltou.
Ainda segundo Puccinelli, o eleitor, por mais simples que seja, precisa se informar mais sobre os candidatos, pois a mudança vem da sociedade, no voto. “É preciso pensar na cidade e não no interesse próprio. ” Disse.
Sobre a situação política em Foz do Iguaçu, o empresário destaca que é preciso muita responsabilidade para tocar a prefeitura. Paulo falou sobre o setor da saúde no qual ele observa que o atual prefeito, Reni Pereira, do PSB, assumiu a prefeitura sabendo que o hospital do município iria passar por mudanças sérias, principalmente na gestão.
“É um problema de gestão que deveria ter pensado no passado, em uma união política. A cidade perde com as brigas políticas. O próximo prefeito tem que pensar na responsabilidade com a cidade e com a população. Essa cobrança tem que vir da própria população em cima dos gestores públicos. ” Falou, observando que a despesa no Hospital subiu de três para sete milhões de reais.
No âmbito nacional, o presidente vê o governo interino de Michel Temer, do PMDB, como uma certa esperança para o pais. “Temer traz um pouco de esperança para o povo brasileiro, pelo menos amenizar a crise. O Brasil é difícil de se governar e nós sabemos disso. O país bem gerenciado já é difícil, agora com a má gestão e a corrupção unida fica impossível de ajeitar as coisas. ” Disse.
O empresário confessa que hoje não consegue ver mais ideologia nos políticos. Paulo observa a própria mudança de partido onde o candidato busca o mais fácil para se eleger. Para ele, a corrupção não foi inventada no governo petista, mas se enraizou nele.
“Lembro de quando o ex-presidente Lula foi até o exterior e durante uma entrevista disse que sempre existiu caixa dois no Brasil e que todos faziam. Não podemos ouvir isso de um presidente da República. É um crime e não pode ser admitido por um partido no qual o líder é o presidente da república. Naquele momento era para dar um basta, mas aconteceu a reeleição e agora pagamos o preço. ” Contou.
Sobre as ações do Ministério Público e da polícia, o empresário disse que apoia as ações, mas também vê alguns excessos. Ao ser questionado sobre seu nome citado em uma das ações, o empresário respondeu que “não tem rabo preso e não tem motivo para se preocupar. ”