Os fabricantes do Paraná já estão se adequando para fornecer as novas placas que serão usadas por todos os países membros do Mercosul. A adoção da nova placa começa em 1º. de janeiro de 2017 para os veículos novos, para aqueles transferidos de município ou se houver necessidade de substituição. O restante da frota tem um prazo maior para a transição, mas até 31 de dezembro de 2020 todos os veículos que circulam no Brasil deverão usar a nova placa.
“Estamos trabalhando para nos adequar ao novo modelo, que vai exigir a troca de grande parte dos equipamentos atualmente em uso. Mas estaremos prontos antes do prazo limite determinado pelo Conselho Nacional de Trânsito ( Contran)”, afirma o presidente da Associação dos Fabricantes de Placas do Paraná (Afaplacas), Mauro Henrique Oliveira.
De acordo com ele, o Estado vem sendo pioneiro nessa área e já cumpre itens importantes que serão exigidos a partir de 2017. “Fomos o primeiro Estado a implantar a rastreabilidade completa de lacres e temos todas as condições de fazer o rastreamento das placas também. Além disso, adotamos um sistema que garante segurança para o cidadão e informações precisas para o Detran/PR”, conta.
Oliveira informa que a rastreabilidade dos lacres realizada no Paraná já consegue detectar e evitar a clonagem e o uso de placas frias. Todo o processo é monitorado pela associação. Ao fazer o emplacamento, o fabricante ou seu funcionário faz uma vistoria em diversos itens do veículo e garante a veracidade dos dados por meio de autenticação biométrica. É uma segurança importantíssima para o proprietário do veículo e também para o fabricante, que, inclusive, responde criminalmente pelas informações fornecidas ao Detran.
“É um trabalho de muita responsabilidade, que exigiu investimentos e treinamento dos fabricantes paranaenses, além do desenvolvimento de um sistema específico para o controle das informações, que é gerenciado pela nossa associação. Hoje esse modelo paranaense é considerado referência no país”, afirma o presidente da Afaplacas. “Vamos utilizar essa experiência bem sucedida para atender com rapidez e eficiência as novas regras estabelecidas pelo Contran para a placa padrão Mercosul”, completa.
Novas placas
As novas placas já estão em uso no Uruguai e na Argentina e em vias de serem implantadas por Paraguai e Venezuela. Elas vão criar um visual único para todos os países do bloco e possibilitar maior número de combinações. Segundo cálculos matemáticos, o modelo atual tem 175 milhões de combinações possíveis; no novo, serão mais de 450 milhões.
As novas placas têm fundo branco, com margem superior azul, quatro letras e três números, dispostos de forma aleatória. A cor da combinação alfanumérica indica a categoria do veículo: preta para carros particulares, vermelha para táxis, veículos comerciais e de aprendizagem, azul para carros oficiais, verde para carros de teste, dourada para veículos diplomáticos e prateada para os de coleção.
Devem ser impressos na placa o nome do país e sua bandeira e o emblema do Mercosul. Nas placas brasileiras, ao contrário do que ocorre nas argentinas, haverá também identificação do estado e município. Um sistema integrado de consulta compilará dados sobre o veículo e o proprietário, incluindo eventual histórico de roubos e furtos.