A audiência que discutiu as reivindicações de taxistas, mototaxistas e motoristas do transporte escolar, realizada na Câmara Municipal, tocou em alguns pontos mais problemáticos das consequências decorrentes da fiscalização, considerada pelos representantes de classe, deficitária, do transporte em situação irregular ou clandestina em Foz.
Erickson Vieira, Presidente Sindtáxi, fez uma explanação na tribuna da Casa e apresentação de dados a respeito do transporte irregular no município, oportunidade em que enfatizou os problemas decorrentes da falta de fiscalização. “Temos praticamente 12 fiscais atuando na rua, entre TTU e Rodoviária também e seis fiscais trabalham internamente. Esse é um primeiro gargalo que antecipo pra gente buscar uma alternativa pra resolver a falta de fiscalização”.
Dentre os principais problemas elencados pelas entidades representativas de classe durante a audiência estão: veículos Paraguaios (Táxis e Vans) e Argentinos (região Parque Nacional e Rodoviária) trabalhando sem lista de passageiros nas regiões como: Rodoviária, Vila Portes; BR 277 e Aeroporto. Outro problema trazido por eles foi: veículos pertencentes a estabelecimentos comerciais transportando passageiros com veículos particulares.
“A reivindicação da audiência foi feita também por empresários da área escolar. Esta casa pelo menos da minha parte trabalhará para atender os interesses da classe. Há a exigência de que o mototaxista tenha o alvará, mas não dão um lugar próprio para que eles tenham que trabalhar. Que se abra licitação e estabeleça critérios.
Diante de tudo o que foi explanado aqui a revisão da lei do turismo será nosso principal encaminhamento, proponente do debate” defendeu o Vereador Luiz Queiroga (DEM). “Hoje pagamos mais de R$ 150 mil de taxas ao Foztrans, mas só queremos fazer um apelo que haja a contrapartida. Pagaríamos feliz se tivéssemos fiscalização intensa porque o retorno seria muito positivo pra gente”, enfatizou Erickson Viera, Presidente do Sindtáxi.
Larissa Mantovani, Diretora Superintendente do Foztrans, afirmou: “Essas informações não são novidades para mim, mas abre o debate. Temos 12 fiscais ao todo, sendo 11 atendendo no trânsito. Nosso quadro hoje está completo, só dependeria de um novo concurso que depende de questões financeiras e orçamentárias. Nossa fiscalização tem sido eficiente na medida em que ela alcança. Estamos elaborando estratégias para coibir esse tipo de irregularidades, prometo tomar providências em relação a isso e preciso contar sempre com o apoio dos fiscais. ”
A diretoria abordou ainda que a limitação dos carros de turismo é um dos pontos que precisa ser revisto eles não têm as mesmas exigências”. Além disso, a Superintendente do Foztrans destacou também que “hoje não podemos ter fiscal na Aduana porque não temos ainda a renovação do convênio da ANTT.
O Vice-Presidente do Sinditáxi, Jair Tavares, ressaltou que o principal problema é o número de fiscais, “precisamos criar uma proporcionalidade. Para concessão de táxi precisamos ter 570 habitantes. Por que não criamos a proporcionalidade então com relação ao número de fiscais? Como vamos combater o transporte irregular se não temos o número mínimo de fiscais. Isso afeta quem vai trabalhar de forma correta”.
Participaram também da audiência Robson lima de Souza, da Divisão de fiscalização Foztrans; Aramis dos Santos – Presidente Sintramotos; Carlos Cristaldo – Representando a Diretoria Guarda Municipal e Velci Garcia – Diretor de desenvolvimento e Transportes públicos do Foztrans; Vereador Rudinei de Moura (PEN) e o Presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Duso (PT).
Por CMFI