A maior fabricante de brinquedos do Brasil, a Estrala, informou que abrirá uma fábrica na cidade de Hernandárias, na fronteira com Foz do Iguaçu. O anúncio foi feito após uma reunião em Assunção, entre o empresário Carlos Tilkian e o presidente do Paraguai, Horácio Cartes.
A unidade de Hernandárias deverá funcionar em regime de maquila, ou seja, os produtos serão fabricados no Paraguai e exportados para o Brasil. Em compensação, o governo paraguaio oferece uma carga tributária ainda menor do que para empresas que produzem para o consumo interno.
O investimento inicial será de 5 milhões de dólares, cegando a 12 milhões de dólares nos próximos anos. a intensão é entrar em funcionamento ainda este ano, com exportações previstas para dezembro. A Estrela informou que para abrir a fábrica no Paraguai, deverá fechar a unidade que possui na China.
“A estratégia é utilizar o Paraguai para substituir a parte que era importada da China. Hoje, a Estrela tem 65% da produção no Brasil e 35% importada da China. O mais importante é que vamos trabalhar aqui (Paraguai) com a oportunidade que está sendo oferecida pelo Ministério da Indústria”, disse Carlos Tilkian.
A fábrica de Hernandárias terá já em 2016, 6 mil m², devendo ser ampliada para 13 mil m². Em um primeiro momento deverão ser empregados 100 trabalhadores, número que deverá dobrar em 2017. No Brasil, a Estrela possui três fábricas, que juntas empregam 5 mil pessoas, sendo 2 mil empregos diretos.
Lei de Maquila
A Lei de Maquila foi inspirada no modelo existente na fronteira do México com os Estados Unidos e criada no Paraguai pelo Governo Horácio Cartes, com a intensão de atrair os fabricantes brasileiros, oferecendo energia elétrica abundante, baixos impostos e facilidade das leis trabalhistas.
Quem produzir pela Lei de Maquila, deve exportar 90% da produção, só podendo vender dentro do país 10% dos produtos. Na exportação, paga-se 1% sobre o valor agregado, neste caso, se a empresa investiu um milhão de reais para produzir o bem e o vende por um milhão e meio, o imposto é somente sobre o lucro de 500 mil.
Desde a criação da Lei de Maquila, o Paraguai já recebeu 60 empresas internacionais, 70% delas brasileiras. A própria Confederação Nacional da Indústria Brasileira, isentiva os empresários a investir no país vizinho.
Fonte: La Nación