Na manhã desta quinta-feira (9), a Polícia Federal apresentou em coletiva de imprensa o resultado das investigações da Operação Pecúlio, com o indiciamento de 40 pessoas ligadas à administração municipal, entre secretários, ex-secretários e empresários, suspeitos de organização criminosa, fraude em licitação e corrupção ativa e passiva. O inquérito foi entregue ao Ministério Público Federal (MPF), que analisará e poderá oferecer denúncia à Justiça Federal.
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O delegado-chefe da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Fábio Tamura, informou que todos os inquéritos, incluindo gravações telefônicas, continuam em segredo de Justiça. Tamura ressaltou, que caso surjam outros fatos, novas investigações poderão acontecer. “A conclusão é que existia um núcleo de pessoas interessadas no desvio de dinheiro público”, disse.
O prefeito Reni Pereira continua sendo investigado em um inquérito à parte, que ainda não foi concluído. Quanto ao dinheiro encontrado na casa do prefeito, na primeira parte da investigação, continua apreendido, depositado em uma conta na Caixa Econômica Federal.
A Operação Pecúlio foi deflagrada no dia 19 de abril deste ano, quando foram cumpridos 4 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária, 19 conduções coercitivas e 51 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados, órgãos públicos e em empresas supostamente ligadas à organização criminosa.
A Operação iniciou há dois anos, mediante inquéritos policiais instaurados pela Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu. A partir da análise dos elementos coletados no curso das investigações, foi possível constatar a existência de fortes indícios de ingerências de gestores do município, de forma direta e indireta, em empresas contratadas para prestação de serviços e realização de obras junto à Administração Municipal, para as quais foram direcionadas quantias milionárias de recursos públicos federais (PAC e outros), bem como em empresas contratadas para prestar serviços ao Sistema Único de Saúde – SUS.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em Porto Alegre/RS e pela Justiça Federal em Foz do Iguaçu, após pareceres do Ministério Público Federal.
Os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, prevaricação, crimes à lei de licitações e organização criminosa.