Entre janeiro de 2011 e março de 2016, a região liderou a criação de empregos no Estado, com um saldo (entre admitidos e demitidos) de 51,7 mil vagas com carteira assinada. Os 50 municípios da região geraram 23,7% do saldo geral do Estado no período, de 217.783 empregos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes).
Cascavel foi o município com maior saldo acumulado no período, com 14,3 mil empregos, seguida por Foz do Iguaçu, com 7.580 vagas, Medianeira, com 6.613; e Toledo, com 5.498. No primeiro trimestre de 2016, mesmo com o agravamento do desemprego em todo país, a região segue gerando empregos. No período, foram criadas 404 vagas com carteira assinada no Oeste do Estado, de acordo com Caged.
No acumulado de janeiro de 2011 e março de 2016, a região ficou à frente de outros polos geradores de emprego no Estado, como o Norte Central, polarizado por Londrina e Maringá, com 44.006 vagas, e a região de Curitiba, com 3.496 vagas.
Boa parte desse resultado se deve ao aumento dos investimentos. A região Oeste já atraiu, desde 2011, R$ 3,28 bilhões em investimentos enquadrados ou em fase de análise no programa de incentivos Paraná Competitivo, com geração de 24,2 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com levantamento da Agência Paranaense de Desenvolvimento (APD).
Os projetos são capitaneados principalmente pelas cooperativas agropecuárias nas áreas de avicultura e suinocultura. A agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) ¨C que é o principal braço de apoio do governo do Estado ao setor produtivo ¨C contratou R$ 1,5 bilhão em financiamentos desde 2011 na região, a maior parte para projetos do agronegócio.
“O setor do agronegócio, muito forte na região, tem um efeito multiplicador e ajudou a movimentar projetos de outros segmentos, como comércio, educação e saúde”, lembra Tatiana Henn, gerente de planejamento, novos projetos e negócios do BRDE no Estado.
Apesar da concentração no agronegócio, o emprego também se multiplicou em outros segmentos, que se beneficiam da movimentação econômica que vem do campo. O comércio varejista ficou em segundo lugar no saldo de vagas entre 2011 e 2016, com 2.843 vagas, seguido pelo setor de limpeza, com 2.663 vagas, transporte rodoviário de carga (2.321) e serviços administrativos (1.809).
Por AEN