O novo ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse após a posse no Palácio do Planalto, que a área precisa de “orçamento e gestão”. “Financiamento e recursos, é isso que vamos buscar com essa nova articulação que faremos a pedido do presidente Michel Temer”, disse o deputado federal indicado pelo PP, partido que tem apoiado o PMDB e o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
O paranaense, de 56 anos, é engenheiro civil de formação, com especialidade em políticas públicas. Barros foi o relator do Orçamento de 2016. Perguntado se defende a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para o financiamento da saúde, Barros afirmou que o novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é quem responderá a essa questão. “A saúde precisa gastar melhor os recursos que tem e ampliar o seu financiamento. Isso acontecerá ao longo do tempo com os mecanismos que eu puder acordar com a área econômica.”
Microcefalia
Sobre o elevado número de casos de microcefalia, o ministro disse que é um problema grave que também terá prioridade. “Eu, como relator do Orçamento, destinei um fundo de R$ 500 milhões para a microcefalia que está sendo aplicado em pesquisa. Esperamos que possamos rapidamente eliminar o mosquito [Aedes aegypti]. A população brasileira precisa nos ajudar, especialmente os prefeitos, aplicando multas severas àqueles cidadãos que mantêm focos do mosquito da dengue em suas propriedades”, afirmou Barros.