O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Miguel Samek, falou na noite de quarta-feira (11) sobre a abertura do processo de impeachment e afastamento da presidente Dilma Rousseff, pelo Senado Federal. A declaração aconteceu durante o 88º Congresso Nacional da Indústria da Construção (Enic), em Foz do Iguaçu.
Samek disse que está acompanhando toda a movimentação política, assim como todo brasileiro e acredita que as acusações de crime fiscal contra Dilma Rousseff, são frágeis. “As acusações são frágeis, mas isso não está sendo levada em consideração. Na política não há um julgamento jurídico e específico como acontece nos tribunais, ele tem esse viés político muito forte”, disse.
Sobre uma possível substituição na direção-geral de Itaipu, durante o governo Michel Temer, Samek se mostrou tranquilo, ressaltando que em nenhuma estatal, secretaria ou ministério, alguém ocupou um cargo por tanto tempo. Jorge Miguel Samek está no comando de Itapu à 13 anos e 4 meses, “Não vai encontrar alguém que tenha ficado tanto tempo em uma estatal, como nós ficamos aqui. Agora, é claro que é mais do que natural, a cada mudança de governo, ocorrer substituição nos cargos que são indicados para dirigir ministérios, secretarias e empresas”, destacou.
Samek ainda afirmou que trabalhará até o último momento, com a mesma responsabilidade e dedicação de quando assumiu a estatal, em 2003. “Eu trabalho desde o começo com a confiança e expectativas de que sou vitalício, como alguém do Tribunal de Contas ou Ministério Público, irremovível, mas pronto para amanhã pegar minha pastinha e sair, fazendo tudo o que tenho que fazer, cumprindo as obrigações. Não mudo em um minuto as minhas responsabilidades, as exigências. O cumprimento é exatamente igual ao primeiro dia que comecei aqui, mas compreendendo, obviamente, que é mais do que natural a qualquer momento ser subsistido. Isso faz parte do jogo, da democracia”, finalizou.