Na semana de abertura do Brasileirão 2016, a CBF reuniu os técnicos dos principais clubes brasileiros para debater melhorias para a maior competição nacional. A proposta do 2º Encontro de Técnicos era fortalecer um canal direto de informação entre a entidade e os treinadores, dando espaço para que os profissionais sugiram mudanças ou adaptações ao futebol brasileiro. O evento aconteceu pelo segundo ano e contou com a participação de cerca de 20 comandantes de equipes das séries A e B, além do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, do Coordenador Geral de Seleções, Gilmar Rinaldi, do técnico da Seleção Brasileira, Dunga, entre outros diretores da Confederação.
Na atividade, que durou o dia todo, eles puderam discutir medidas com profissionais dos departamentos de competições, marketing e arbitragem, além de conhecerem o relatório técnico, elaborado pela CBF, sobre a edição do campeonato de 2015. Campeão paulista neste domingo pelo Santos, Dorival Júnior elogiou a iniciativa da CBF e destacou que esses encontros podem ajudar no trabalho de todos.
– Muito importante que aconteça este encontro. Acho que algumas situações já estão sendo trabalhadas, outras em andamento e outras já definidas. Acho que já houve um avanço muito importante, prova é essa atitude da CBF de chamar profissionais da área para que estejamos atentos e buscando posições que possam ser melhoradas.
Opinião compartilhada pelo uruguaio Diego Aguirre, do Atlético Mineiro. Em sua segunda temporada no Brasil, ele acredita que o fundamental é agregar toda a ajuda para a evolução cada vez maior do futebol brasileiro.
– É muito positivo trocar ideias para evoluir e melhorar coisas. Acho que a CBF faz um bom trabalho ao aproveitar a experiência dos treinadores para melhorar, para trazer ideias.
Atual campeão brasileiro, o técnico do Corinthians considerou fundamental esse contato entre treinadores e Confederação. Tite lembrou da importância do comprometimento de todos para que as sugestões sejam eficazes na prática.
– Uma coisa é essencial para melhoria do futebol. É preciso uma melhoria nossa, como técnico, e nós temos consciência disso. Mas também de um calendário que permita um número de jogos menor e uma melhor preparação dos atletas.
Dentre os temas debatidos estão os jogos às 11h, que dividiu opiniões. Alguns técnicos apontaram os motivos para a dificuldade de adaptação ao horário, mas acreditam que ela possa acontecer com o decorrer do tempo. Oswaldo de Oliveira, treinador do Sport, aprova esta iniciativa, mas entende que nem todos tenham aprovado.
– Eu particularmente gosto muito do horário. É lógico que muitas vezes, em alguns lugares, a temperatura não ajuda. Acho que vou sentir isso em Recife este ano, mas são mudanças que estão sendo implantadas para o bem do futebol brasileiro. A CBF tem agido de uma forma muito precisa – afirmou o treinador.
Padronização dos gramados foi resultado do 1º Encontro
Em 2015, no 1º Encontro de Treinadores, Levir Culpi, atualmente no comando do Fluminense, levantou o debate sobre a padronização de tamanho para os campos dos estádios brasileiros. O técnico ressaltou a importância desta mudança, pois é muito complicado treinar em uma medida e jogar em outra.
A CBF estudou a proposta e a padronização foi colocada em prática. A medida 105m de comprimento por 68m de largura, padrão FIFA, foi implantada em todos os estádios das séries A e B, com um investimento superior a R$ 2,2 milhões. Equipes para análise das dimensões e condições dos campos foram enviadas aos estádios e comandaram os trabalhos de adequação.
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