A Rádio Cultura teve acesso à decisão do Desembargador Federal, Márcio Antônio Rocha, negando o pedido de habeas corpus do ex-secretário de Tecnologia da Informação de Foz do Iguaçu, Melquizedeque da Silva Correa de Souza, preso pela segunda vez no dia 19 de abril, junto com mais 16 suspeitos de envolvimento em fraudes na prefeitura. No documento, o desembargador justifica a decisão citando o inquérito da Polícia Federal, que aponta Melquisedeque como “homem de confiança” do prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira.
A polícia chegou a pedir a prisão temporária de Reni, que foi negada pela justiça, autorizando apenas a condução coercitiva. A Polícia Federal diz que Melquizedeque negociava com empresários da região, que fraudavam licitações de asfaltamento de ruas com recursos do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de contratos do Sistema Único de Saúde (SUS). “Sendo ele o provável centralizador de todos os esquemas de fraudes à licitação, pagamentos indevidos e movimentação de recursos ilícitos”, diz um trecho do documento.
O esquema contava com a participação de servidores públicos, políticos de Foz do Iguaçu, além de empresários da região oeste do Paraná. Os desvios podem chegar a R$ 4 milhões.
Seis investigados continuam presos na sede da Polícia Federal em Foz do Iguaçu. Melquisedeque Souza foi chamado para depor essa semana, mas preferiu usar do direito de ficar calado. Os demais presos começam a ser ouvidos nos próximos dias.