Marcado para acontecer em várias regiões do país, simultaneamente, o manifesto contra o processo de impeachment e a favor da presidente Dilma Rousseff, ex-presidente Lula e PT, também foi realizado em Foz do Iguaçu.
Na tarde desta quinta-feira, 31, manifestantes de várias representatividades: CUT, MST, PT, PCdoB, juventudes partidárias e Sindicatos, se reuniram na praça em frente ao Zoológico Bosque Guarani, no centro de Foz. Com um carro de som, lideranças usavam o microfone para incentivar os participantes e falar sobre o processo político atual no país. Faixas com frases: Contra o Impeachment, Não vai ter Golpe e apoio a Dilma e Lula, tomaram conta do espaço.
Representando o Sindicato dos Rodoviários em Foz, Dilto Vitorassi, também participou do ato. Segundo Vitorassi, a principal reivindicação é por uma democracia verdadeira. “Todo governo tem seus acertos e erros. Inevitavel estes dois pontos quando se está na política. Mas, a maneira de como estão articulando o processo de impeachment é a de como se articula um golpe. E, por este motivo, estamos juntos neste movimento que começa hoje, mas não tem prazo para acabar”. Disse.
Vitorassi também é vereador na cidade pelo Partido Verde. O PV nacionalmente é a favor da mudança de governo, mas para o vereador, isso não é um problema. “O partido já sabe da minha posição. E isso é democracia. A gente poder defender nossas ideias, opiniões e posicionamentos. E o PV soube”. Finalizou.
Já o presidente do PCdoB em Foz, Pablo Machado, o “golpe” é moderno. “A diferença deste golpe é que ele é moderno”. Querem usar da politicagem para mudar um governo que usou as urnas e a democracia para chegar aonde chegou. Não existe outra maneira de descrever essa situação que, por sinal, é preocupante. Estamos assistindo uma oposição articulada, de maneira errado, tentando aplicar um golpe moderno. Mas, não vamos deixar que isso aconteça. O Brasil precisa continuar crescendo”. Finalizou.
Integrantes do Movimento dos Sem Terra, MST, também se uniram ao manifesto. Do MST, Dilce Noronha, afirmou que “o movimento vai continuar junto com outros movimentos sociais em defesa dos direitos da classe trabalhadora e da democracia já conquistada.” Disse.
Um dos organizadores do manifesto e do Movimento Brasil Popular, Rafael Gomes, explica que nem todos os participantes são favorável ao governo Dilma e Lula ou ao Partido dos Trabalhadores. “É evidente que os golpistas usam da imagem do Lula e da Dilma para aplicar o golpe. Mas o que esta em cheque no país é a validade da democracia. É um ciclo iniciado recentemente que pode ser interrompido de maneira autoritária através desde golpe. E isso é perigoso, pois essa maneira autoritária mostra a maneira de que a oposição pretende governar o Brasil.” Finalizou.
Além destes movimentos, também participou: A CUT, UJS, UMEFI e o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Oeste do Paraná, UNILA e alguns representantes da Unioeste.
Os manifestantes realizaram uma caminhada pela Avenida Brasil e finalizaram o ato na Praça do Mitre, centro da cidade. A Guarda Municipal e a Polícia Militar ajudaram no trânsito. Até o fechamento desta matéria não foi divulgado numero de manifestantes.