O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, repudia com veemência o envolvimento de seu nome na lista de centenas de políticos que teriam recebido possíveis doações eleitorais da Odebrecht, conforme consta numa das planilhas que teriam sido apreendidas pela Polícia Federal na 23ª fase da operação Lava Jato.
Além de repudiar qualquer ilação que possa ser feita à sua honra pessoal e de homem público, Jorge Samek diz achar estranho ter seu nome nesta lista da Odebrecht, já que está à frente da Itaipu Binacional desde 2003 e não foi candidato a prefeito de Foz do Iguaçu na última eleição (conforme consta na lista).
O diretor-geral brasileiro de Itaipu anunciou que fará interpelação judicial do executivo da Odebrecht, que seria responsável pela lista, e que tomará outras medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. Samek afirmou, ainda, que abre mão dos seus sigilos fiscal e bancário para provar a inveracidade da menção ao seu nome.
A seguir, a nota oficial divulgada pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek.
NOTA OFICIAL
Causou-me profunda perplexidade e indignação ver meu nome na lista de possíveis beneficiados de doações eleitorais ou de qualquer valor proveniente da Odebrecht.
Refuto veementemente a veracidade da menção ao meu nome. Tomarei, imediatamente, todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para restabelecer a verdade dos fatos e responsabilizar aqueles que contribuíram para esse calunioso, difamatório e injurioso ataque ao meu nome. Não fui candidato ao cargo de prefeito de Foz do Iguaçu, o que, por si só, demonstra a mentira representada pela menção ao meu nome.
Nunca tive qualquer contato e sequer conheço o Sr. Benedicto Barbosa da Silva Neto. A Itaipu Binacional, por sua vez, não tem, pelo menos desde 2003, quando assumi o cargo de diretor-geral brasileiro, qualquer relação comercial ou civil com a Odebrecht.
Desde já, coloco-me à disposição das autoridades competentes, abrindo mão do meu direito constitucional ao sigilo fiscal e bancário para provar a minha idoneidade.
Esclareço que o último cargo eletivo que disputei foi o de deputado federal, em 2002, para o qual fui eleito, mas renunciei, no dia 21 de janeiro de 2003, para assumir o cargo de diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional. Nesta eleição, também não recebi qualquer doação financeira da Odebrecht.
Jorge Miguel Samek
Diretor-Geral Brasileiro da Itaipu Binacional