Em um dia de otimismo no mercado financeiro, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu quase 7% e o dólar teve a maior queda percentual diária em quatro meses. O dólar comercial encerrou a quinta-feira (17) vendido a R$ 3,653, com queda de 2,29% (R$ 0,086). O Ibovespa, índice da Bolsa de São Paulo, fechou o dia com alta de 6,6%, aos 50.914 pontos. O Ibovespa está no nível mais alto desde 22 de julho do ano passado.
Nesta sexta-feira (18), o dólar abriu na Bovespa com o mesmo valor do dia anterior, a R$ 3,652 para compra e venda. O dólar turismo é cotado a R$ 3,620 para compra e R$ 3,840 para venda. O peso argentino não oscilou com a variação da moeda brasileira e segue cotado à R$ 0,25 para compra e venda.
Quanto ao dólar, a queda percentual foi a maior desde 3 de novembro, quando a cotação tinha caído 2,39%. A moeda operou em baixa durante todo o dia, mas a queda intensificou-se a partir das 10h30. O dólar continuou a cair no início da tarde. Na mínima do dia, por volta das 13h30, chegou a ser vendido a R$ 3,61. O ritmo de queda, no entanto, diminuiu após o Banco Central anunciar que aproveitará o recuo do dólar para reduzir as intervenções no câmbio.
Em relação à Bolsa de Valores, o índice Ibovespa chegou a subir mais de 7% durante a tarde. Na máxima do dia, por volta das 15h30, o indicador superou os 51 mil pontos. As ações da Petrobras, as mais negociadas, dispararam. Os papéis ordinários (que dão direito a voto em assembleia de acionistas) subiram 8,75%, para R$ 10,44. Os papéis preferenciais (que dão preferência na distribuição de dividendos) saltaram 12,03%, para R$ 8,10.
No cenário externo, o dia também foi de otimismo, com alta no preço das commodities (bens primários com cotação internacional). As cotações internacionais do petróleo voltaram a subir depois de alguns dias de queda. O barril do tipo Brent subiu para US$ 41,47, no maior nível desde dezembro do ano passado. Em janeiro, o mesmo barril chegou a ser vendido a US$ 27.
Por causa da desaceleração da economia chinesa, que no ano passado teve o menor crescimento em 25 anos, os preços das principais commodities mundiais têm registrado queda. O processo afeta países exportadores de minérios e de grãos, como o Brasil, porque o barateamento das exportações faz menos divisas entrarem no país, pressionando para cima a cotação do dólar.