Do dia 3 de janeiro a 8 de fevereiro desse ano, a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu já desobstruiu quase 150 bocas de lobo e restaurou pelo menos 100 caixas de captação de água pluvial. A informação é da Diretoria de Pavimentação (Secretaria de Obras) que atua em duas frentes para vencer a demanda. Uma equipe recoloca tampas que foram danificadas e restaura caixas de captação, enquanto a outra trabalha com o caminhão hidrojato, responsável pela desobstrução de galerias.
Nesse período (35 dias) as equipes se concentraram nos locais mais suscetíveis a alagamentos e onde a situação colocava em risco a vida das pessoas. A determinação do prefeito Reni Pereira é para que não haja interrupção do serviço, até que esses problemas sejam, pelo menos, amenizados para que se possa implantar uma rotina de manutenção. ‘Quando as equipes solucionarem esses pontos críticos, seguirão obedecendo um cronograma de trabalho preventivo, com a manutenção das galerias mantendo-as livres de entulhos. A estimativa é que isso aconteça a partir do mês de julho’, esclareceu.
Desde janeiro, a Secretaria de Obras está trabalhando para vencer a demanda. A Rua Rui Barbosa foi uma das primeiras a sofrer intervenção no início do ano, quando Foz do Iguaçu registrou mais um longo período de chuva. Somente no centro da cidade, entre as ruas Rui Barbosa, 24 de Março e Avenida República Argentina foram desobstruídas vinte bocas de lobo, em menos de três dias de trabalho. Em diferentes bairros de Foz do Iguaçu, como nas ruas Surubim, Cará, Enguias, Tulipas, Caranguejo e Piquiri fizeram limpeza em mais de 40 caixas de captação.
Problemas crônicos como das ruas Aracaju, Canindé, Avenidas Golfinho e Andradina foram solucionados. No total, foram limpadas 36 ruas, média de uma por dia, considerando a quantidade de caixas que variam de uma para outra. O volume e predominância do material encontrado em todos os pontos impressionam as equipes de trabalhadores. Na Rua Eunápio de Queiros, por exemplo, uma tampa de vaso sanitário impedia a passagem da água pela manilha.
Pneus de bicicletas, sacolas de plástico, vidros, garrafas plásticas e outra infinidade de material desprezado pelas famílias iguaçuenses se juntam a folhas das arvores e terra levadas pela chuva. ‘Nem o fantasma da dengue que está assombrando a população consegue sensibilizar algumas pessoas para evitar colocar lixo em lugar improprio’, explica Aires Silva, diretor de Pavimentação da Secretaria Municipal de Obras.
Para o secretário de Obras, Carlos Juliano Budel, é preciso conscientização, pois cada tampa quebrada representa perigo para o cidadão e despesa para o município. ‘Gastamos recursos para fazer novas tampas, desobstruir as galerias e tratar as doenças causadas por essas situações. Perdem o cidadão e a administração’.