POR MP
Foi preso na manhã desta sexta-feira, 26 de fevereiro, em Cascavel, Oeste do Estado, o fazendeiro acusado de matar um policial federal. A ordem de prisão preventiva, decretada pelo Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, atende a requerimento da 2ª Promotoria de Justiça de Crimes Dolosos Contra a Vida da Capital e foi cumprida por uma equipe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O fazendeiro será encaminhado para uma unidade prisional em Curitiba.
O crime ocorreu em abril de 2012 e teve grande repercussão. O fazendeiro é acusado de matar o policial federal a tiros, na saída de uma casa noturna – o crime foi registrado por câmeras instaladas no local. Ele foi denunciado criminalmente pelo MP-PR por homicídio qualificado e irá a júri popular (autos nº 0001300-36.2015.8.16.006). À época do homicídio, o acusado foi preso em flagrante e aguardava o processo detido.
Em julho do ano passado, porém, ele seguiu para prisão domiciliar, com uso de tornozeleira para monitoramento. Em novembro de 2015, o MP-PR requereu novamente sua prisão preventiva, o que foi decretado pelo Juízo. A ordem de prisão foi cumprida em 1º de dezembro, mas a defesa do réu conseguiu junto ao Tribunal de Justiça do Paraná reverter a decisão para medida alternativa. Assim, liminarmente, foi imposta prisão domiciliar e uso de tornozeleira para monitoramento.
Entretanto, recentemente, diante das informações de que réu, reiteradamente, descumpria a medida cautelar, chegando a romper a tornozeleira e a ignorar as ligações da central telefônica de monitoramento, bem como o sinal sonoro de advertência, e se colocando por diversas ocasiões fora da área estipulada pela Justiça, o Ministério Público voltou a requerer a prisão preventiva do fazendeiro nesta semana (25), o que foi aceito pela Justiça.
Todas as situações apontadas pelo MP-PR no novo pedido de prisão foram relatadas pelo Sistema de Acompanhamento de Custódia e constam em relatório com o histórico de monitoramento do acusado. Como foram diversas situações, a Promotoria de Justiça deve apurar as condições em que era feita a fiscalização do fazendeiro.