A BR 277, no trecho que liga a entrada da cidade, no bairro Três Lagoas, até a Ponte da Amizade está virando palco de amplos debates na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu. A falta de segurança, iluminação e transtorno causado pela circulação de veículos em horários de pico, está fazendo com que os parlamentares encaminhem uma série de requerimentos solicitando ao Poder Público providências que garantam uma maior tranquilidade ao cidadão e motoristas.
A falta de uma passarela nas proximidades da Ponte Internacional da Amizade, a deficiência em iluminação pública ao longo da rodovia e o caos causado pela longa fila de carros que se forma, em certos horários, no trevo de acesso à avenida Costa e Silva, são alguns dos motivos que levam os parlamentares a cobrarem ações dos responsáveis para minimizar a aflição de muitos.
“Ao longo dos anos estamos convivendo com a uma situação caótica na principal porta de entrada da nossa cidade. Se nós, que somos moradores, estamos percebendo tudo isso, imagina o turista que chega a nossa cidade via rodovia. Ele deve ter uma péssima impressão inicial. Então! É preciso acabar com isto. Estamos vendo melhorias em alguns pontos da BR e não estamos vendo a atenção especial aos pedestres e moradores”, destacou o Vereador Nilton Bobato (PC do B), que encaminhou um requerimento (049/2016) ao Governo Municipal solicitando providências em diversos pontos específicos. “Estamos pedindo a instalação de pontos de ônibus, mais iluminação pública e policiamento ostensivo e acessibilidade em alguns pontos da Rodovia, pois não podemos mais ficar aqui encaminhando requerimentos. Está na hora de tomarmos providências e solicitarmos intervenções aos responsáveis”, disse Bobato.
A minha linha de ação teve o Vereador Paulo Rocha (PSB) que, através do requerimento 021/2016, está solicitando a instalação de iluminação pública em um trecho considerado de grande preocupação.
“Quem trabalha em hotéis entre o trecho da entrada do três lagoas até o trevo de acesso à cidade, está convivendo com o perigo diariamente. A falta de iluminação pública neste trecho vem aumentando as estatísticas de acidente e de atropelamento. Isso é uma vergonha para nós, uma cidade turística”, ressaltou Rocha.
Para o Vereador que representa a região do Três Lagoas, Paulo César Queiroz – Coquinho (SD), já foram encaminhados vários pedidos ao Governo Municipal e a empresa Cataratas S/A, que administra o pedágio da BR 277. “Até agora não sabemos de quem é a responsabilidade. A prefeitura diz que a responsabilidade de se implantar ações de mobilidade urbana da região é da Cataratas. Por sua vez, a empresa diz que é do Governo. Acho que já está na hora de nos mobilizarmos, porque paciência tem limite e a nossa cidade está ficando um “breu” (as escuras) em diversos pontos da rodovia e um exemplo disto é em frente a EADI. Melhorou com o viaduto, mas a escuridão é total”, relatou o Vereador Coquinho.
Há anos, vereadores como Luiz Queiroga (DEM) e Rudinei de Moura (PROS) estão solicitando a construção de uma passarela nas proximidades da aduana Brasil/Paraguai. A região do grande Jupira e Vila Portes, conta com um grande fluxo de pessoas passando de um lado para o outro da rodovia e, constantemente, existem atropelamentos no local.
“Já pedimos providências a empresa Cataratas S/A que, até o momento não nos deu resposta e ao mesmo tempo solicitamos uma atenção redobrada na segurança, através da Guarda Municipal e da Polícia Rodoviária Federal, mas sabemos das suas limitações. Então! Vejo que os nossos pedidos, enquanto representantes do povo, não estão tendo eco tanto no Governo como na empresa. Precisamos fazer algo a mais para que possamos reduzir os índices de atropelamentos, assaltos e de infraestrutura naquela região”, disse Queiroga.
Já para Rudinei de Moura, o caso já deveria ter sido encaminhado ao Ministério Público: “… já que não conseguimos resolução através dos órgãos competentes, temos que envolver o poder judiciário nisto, porque o nosso trabalho está sendo feito e a população está acompanhando. Agora, o que não podemos é ficar de braços cruzados esperando pela boa vontade de alguns enquanto muitos estão passando por perigos e outros já perderam entes queridos em atropelamentos e acidentes”, explanou Moura. Os requerimentos foram encaminhados ao Poder Executivo para respostas e providências. Os parlamentares deverão receber pareceres sobre as solicitações em no máximo 30 dias.