Aconteceu na manhã de quinta-feira, 18, a assinatura de acordo de cooperação para a construção do laboratório de medicina tropical na cidade. O laboratório que será essencial na ação de prevenção de doenças será construído na antiga associação dos funcionários da Itaipu, na Vila A. O acordo para o projeto foi assinado entre a Itaipu, Fundação Itaiguapy e Prefeitura de Foz.
A médica Flavia Trench participa do projeto e explicou que o laboratório será de biologia molecular focado na testagem desde o mosquito vetor até testes em animais e humanos. A médica explica que, com o laboratório, facilitará as ações de prevenção do Centro de Controle dos Zoonoses.
Os mosquitos serão capturados por armadilhas colocadas em vários pontos da cidade. Os testes serão feitos nos próprios mosquitos e quando a testagem for positiva os profissionais vão saber exatamente os locais de infectados e qual é a doença. “Não precisamos ter doentes na cidade para identificar onde o vírus circula. Será bem mais fácil evitar a proliferação”. Disse Trench.
Todo o trabalho operacional ficará sob responsabilidade da Fundação de Saúde Itaiguapy. O diretor administrativo-financeiro, Rogério Soares Böhm, disse que a ideia é que o projeto seja iniciado o mais breve possível já com os primeiros exames. Atualmente, em Foz, os resultados são encaminhados para a Universidade Federal do Paraná e devido a logística acontece atrasos. “Agora estes resultados saíram de imediato antecipando as ações para vencer o mosquito. ” Finalizou.
O projeto terá o apoio financeiro da Itaipu Binacional. Para o diretor geral, Jorge Samek, o laboratório será essencial nesta guerra contra as doenças que o mosquito transmite. Samek usou a própria Itaipu como exemplo. “Vamos trabalhar como trabalhamos na Itaipu, sempre com prevenção. Você já viu alguma máquina com defeito ou estragada na usina? É por que trabalhamos com a prevenção. Com este laboratório vamos agir sempre um passo à frente que o mosquito. ” Ressaltou. Sobre a área onde será construído, Samek reforçou que será bem estruturada e com aparelhos modernos para agilizar ainda mais as ações.
O prefeito Reni Pereira disse que o laboratório é uma maneira diferenciada para usar na guerra contra o mosquito. Ele conta que atualmente a prefeitura precisa esperar algum paciente ser contaminado para então fazer as ações de prevenção como o bloqueio nas proximidades do local onde a vítima foi infectada. “Com essa nova tecnologia o trabalho de prevenção será bem mais ágil. Tenho certeza que será modelo em todo o país”. Ressaltou.