Juntos na ação de combate ao mosquito transmissor dos vírus Zika, Dengue e chikungunya, a Igreja Católica em Foz do Iguaçu prepara uma ação na manhã de deste sábado, numa tentativa de mobilizar toda a comunidade a ajudar no combate das doenças. O bispo de Foz do Iguaçu, Dom Dirceu Vegini, se reuniu com o secretário de Saúde do Município, Gilber Ferreira, para organizar a parceria.
Às 10h deste sábado, as 50 igrejas católicas de Foz soaram os sinos ao mesmo tempo, lembrando a população que chegou a hora de vistoriar os quintais, terrenos e ruas, em busca de locais que possam servir de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Dom Dirceu salientou que os padrs de todas as paróquias estão envolvidos na campanha, sensibilizando a comunidade a não deixar água parada. “Queremos saúde para todos”, disse o bispo.
Hora H
O sábado de carnaval (6) foi escolhido pelo Governo do Estado para a realização da campanha “Hora H – Todos contra o mosquito da Dengue”. O objetivo é convocar todos os paranaenses a vistoriar casas e quintais simultaneamente, às 10 horas da manhã, a fim de eliminar criadouros do mosquito transmissor da dengue, da zika e do chikungunya.
em Foz do Iguaçu a Secretaria de Saúde decretou estado de epidemia de dengue e o prefeito pediu o apoio do Exército na orientação à população. O 34° Batalhão de Infantaria Mecanizado disponibilizará 100 militares e veículos para o trabalho de campo.
A ação tem o apoio de prefeituras municipais e diversas entidades da sociedade civil organizada. “O que queremos é chamar a atenção da população e mostrar que é possível sim vencer esta guerra contra o Aedes aegypti”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto.
No Paraná, mais de 90% dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde estão dentro de residências e quintais. O principal vilão é o lixo, mas todo objeto ou local que possa acumular água precisa ser verificado e eliminado.
Muitos focos do mosquito são identificados em locais de pouca visibilidade, como em ocos de árvore, ralos, reservatórios de água de geladeiras e ares-condicionado, calhas, entre outros espaços. “Essa vistoria deve se tornar uma rotina. Se cada um reservar pelo menos 15 minutos de sua semana para fazer este trabalho, avançaremos muito no combate à dengue”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde, Cleide de Oliveira.
A vistoria semanal é recomendada porque o ciclo de reprodução do mosquito, após a eclosão dos ovos, dura em média 10 dias. Com isso, é possível eliminar a larva do Aedes aegypti e evitar que o inseto chegue à forma adulta.