A Secretaria Municipal da Saúde (SMSA) vai intensificar as ações de combate à dengue já a partir do mês de fevereiro. O município prepara um grande mutirão de limpeza que deve ocorrer depois do Carnaval. Além de contar com os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate a Endemias (ACE), as novas estratégias podem ter o apoio do exército. Os detalhes serão discutidos hoje em reunião entre representantes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e 9ª Regional da Saúde.
A intensificação das ações se deve à procura cada vez maior por atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), primeiro local que deve ser acessado por pacientes com sintomas da doença. Na UBS Vila Yolanda, a procura aumentou bastante nas últimas duas semanas. “Só hoje notificamos sete casos entre às 7h30 e 11h. Antes, tínhamos uma média de dois ou três casos por dia”, disse a gerente Rozineide dos Santos.
As UBSs já estão colocando em prática o protocolo definido em Foz para atendimento das vítimas do mosquito Aedes Aegypti. Casos classificados como leves são atendidos na própria unidade básica; gravidade média, direcionados para a UPA 24h João Samek; e situações mais graves com a presença de sangramento, encaminhados via SAMU ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck. “Os profissionais que trabalham nas unidades básicas estão recebendo reforço das orientações participando de uma capacitação, e estão preparados para receber, orientar e, se necessário, encaminhar o paciente ao local correto para garantir assistência”, afirmou o Secretário Municipal da Saúde, Gilber Ribeiro.
O índice de casos confirmados da doença também motiva novas ações. O último boletim epidemiológico divulgado hoje pela Vigilância em Saúde mostra que em Foz já foram notificados esse ano 1.184 casos de dengue. Em 393 pacientes, a doença foi confirmada, sendo que 105 são de outros municípios ou países (288 são autóctones, contraídos no próprio município).
A SMSA também deve aderir à campanha nacional denominada “Dia D”, marcada para o próximo dia 4 de fevereiro pelo Ministério da Saúde. As Forças Armadas devem apoiar as ações em 356 cidades com o esforço de 220 mil militares.