Apesar de o total de 147.526 caminhões liberados em 2015 ter sido 7,2% menor em relação a 2014, quando foram registrados 158.954 caminhões, o recinto aduaneiro de Foz do Iguaçu foi, pelo quarto ano consecutivo, o porto seco rodoviário de maior movimentação de cargas em toda a América Latina.
As exportações brasileiras liberadas pelo recinto tiveram uma redução de 10,3% quando comparadas ao ano anterior, atingindo a cifra de US$ 2,8 bilhões (num total de 69.594 caminhões). No que toca às exportações realizadas pela tríplice fronteira, o Paraguai representou o destino de 87% do volume, ao passo que os restantes 13% tiveram como destino a Argentina.
Como o Paraguai é um país fortemente agrícola, importa muitos insumos para produção, por isso entre os produtos mais exportados se destacaram máquinas agrícolas, além de plásticos e tecidos. Já para a Argentina, os bens mais exportados foram papel e celulose, máquinas e veículos, além de preparações alimentícias diversas.
As importações processadas no Porto Seco de Foz do Iguaçu tiveram redução de 18,8%, fechando o ano com um volume de US$ 2 bilhões (correspondentes a 77.838 caminhões). Do volume total de cargas de importação que ingressaram no Porto Seco em 2015, 56% tiveram como origem o Paraguai, 38% a Argentina e 6% o Chile.
Dentre os produtos mais importados do Paraguai, destacam-se plásticos, grãos, sementes e cereais, da Argentina o que mais se importou foi malte e amidos, produtos de horticultura e frutas e do Chile, peixes e frutos do mar, além de frutas e vinhos.
Considerando-se as operações realizadas no âmbito do Porto Seco de Foz do Iguaçu, verifica-se nesta região fronteiriça a ocorrência de um superávit comercial da ordem de US$ 837 milhões, que corresponde à diferença positiva entre as exportações e importações processadas no referido recinto aduaneiro. Esse valor é 19% maior que o registrado em 2014.
Apesar da crise econômica, esse saldo positivo da balança comercial se manteve, o que denota o grau de integração econômica entre Brasil e Paraguai. Isso quer dizer que se um País reduz a exportação, o outro o reduz de maneira aproximadamente proporcional. Uma vez que o Paraguai financia suas importações provenientes do Brasil com recursos oriundos do que exporta para o Brasil, se exporta menos, é natural que também importe menos.
Os quadros abaixo apresentam os pesos e valores totais das cargas de importação e de exportação que ingressaram no Porto Seco de Foz do Iguaçu nos anos de 2014 e 2015, com o detalhamento do país de procedência/destino, bem como a evolução percentual dos respectivos valores:
Delegacia da Receita Federal do Brasil de Foz do Iguaçu-PR.