Dois secretários municipais e dois empresários de Santa Tereza do Oeste, no Oeste paranaense, foram presos nesta terça-feira (26) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Cascavel. A ação é parte da quarta fase da Operação Panaceia, que investiga uma organização criminosa responsável por desvios de dinheiro público da área da saúde em municípios da região.
Também foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos gabinetes dos secretários, em residências e empresas, além de quatro mandados de condução coercitiva. Foram apreendidos documentos, computadores, duas espingardas e munições. Os presos e os objetos foram levados à sede do Gaeco.
Ainda atendendo a solicitações do Ministério Público do Paraná relacionadas ao caso, o Juízo Criminal de Cascavel determinou o bloqueio de bens dos investigados.
De acordo com as investigações, um grupo de empresários, criminosamente associados com os secretários municipais, superfaturaram contratos na quantidade dos produtos fornecidos. Os valores desviados do erário eram divididos, e parte do montante era entregue aos agentes públicos. Estima-se que o desvio de uma das empresas some mais de R$ 500 mil.
Ibema
A ação deflagrada nesta terça-feira em Ibema é um desdobramento do trabalho de investigação realizado pelo Gaeco em julho, que culminou com a prisão dos secretários municipais de Saúde e de Administração, de uma servidora da prefeitura e de três empresários de Cascavel. Todos, além do prefeito de Ibema, que segue afastado, foram denunciados criminalmente por fraude a licitação, desvio de dinheiro público e organização criminosa. O processo contra o gestor municipal tramita no Tribunal de Justiça do Paraná.
Corbélia
No final de 2015, também em continuidade às investigações, o Gaeco deflagrou a Operação Panaceia em Corbélia. Foram oferecidas três denúncias, separadas por assunto, contra o secretário municipal de Saúde de Corbélia, que continua preso preventivamente, empresários e particulares, considerando que dentro da Secretaria havia desvios de dinheiro público por meio do superfaturamento na compra de medicamentos, de alimentação para os funcionários e da prestação de serviços médicos. As ações penais já foram recebidas pelo Juízo Criminal de Corbélia. Cópia de toda a investigação será enviada à Coordenação Estadual do Gaeco em razão do suposto envolvimento do prefeito de Corbélia.
Por MP