A Itaipu Binacional produziu mais que a usina de Três Gargantas, na China, em 2015, e voltou a assumir a liderança mundial em produção anual de energia elétrica. A hidrelétrica, que pertence ao Brasil e ao Paraguai, também detém outra marca histórica: é a maior produtora de energia limpa e renovável do planeta, com mais de 2,312 bilhões de megawats-hora (MWh) acumulados desde sua entrada em operação, em maio de 1984, há exatamente 31 anos e oito meses.
Mesmo com uma capacidade instalada de 14.000 MW, menor do que a chinesa, com 22.400 MW, a Itaipu produziu 2,5% a mais que Três Gargantas no ano passado. Foram 89,2 milhões de MWh contra 87 milhões de MWh. Os dados de geração da hidrelétrica chinesa só foram divulgados nesta quarta-feira, 6 de janeiro.
Desde que entrou em operação, a Itaipu Binacional perdeu a posição de líder mundial de produção anual de eletricidade apenas em 2014, quando o Brasil enfrentou a maior crise hídrica da história. Em 2015, a produção ficou abaixo da média dos últimos anos, mas foi considerada excelente levando em conta o cenário de seca enfrentado por grande parte do País, pelo segundo ano consecutivo, principalmente no primeiro semestre.
A produção de Itaipu em 2015 (89.215.404 MWh) foi 1,6% maior que a de 2014 (87.795.393 MWh). A projeção para 2016 também é positiva. A expectativa é que a binacional volte a produzir acima dos 90 milhões de MWh, o que não ocorreu nos últimos dois anos.
“Esses números nos deixam ainda mais otimistas de que estamos no caminho certo para continuar buscando a excelência na produção sustentável e projetar um 2016 melhor ainda. Já nesta primeira semana de 2016, estamos produzindo 17% a mais do que no mesmo período de 2015, ano em que reassumimos a posição de liderança mundial em produção de energia”, diz o diretor-geral brasileiro e diretor técnico executivo interino de Itaipu, Jorge Samek.
Para o superintendente interino de Operação, Alberto Araújo Bastos, “é sempre bom ser a usina que mais produz no planeta em determinado ano, mas o mais importante é a produção acumulada, que nos permite ter um fluxo regular e sustentável”. Bastos lembra que Itaipu tem colocado no mercado 100 milhões de MWh a cada 13 ou 14 meses, contribuindo diretamente para o desenvolvimento do Brasil e do Paraguai.
Comparativos
A energia produzida pela Itaipu em 2015 (89.215.404 MWh) seria suficiente para suprir o consumo de todo o Nordeste do Brasil por um ano e um mês; a região Sudeste, por quatro meses; e o Sul por um ano. Atenderia também toda a demanda de uma cidade como São Paulo por três anos; Curitiba por 18 anos; e Foz do Iguaçu por 155 anos e oito meses.
Já a energia acumulada (2,312 bilhões de MWh) seria suficiente para suprir o consumo do Norte por 71 anos e cinco meses; o Sudeste por nove anos e seis meses; e o Sul por 27 anos e três meses. Toda a demanda de uma cidade do porte de São Paulo seria atendida por 78 anos e cinco meses; a de Curitiba, por 467 anos; e a de Foz do Iguaçu, por 4.036 anos e um mês.
Mercado
Itaipu responde atualmente por 15% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atende mais de 75% do mercado paraguaio de eletricidade. Para Brasil e Paraguai, sócios da usina, a produção de Itaipu é fundamental para a infraestrutura energética, para a integração e para o desenvolvimento dos dois países.
Assessoria