A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) completou 4 meses nesta semana, deixando milhares pessoas à espera de uma decisão para ter direito aos benefícios de aposentadoria. Em todo o país, cerca de 2 milhões de consultas foram remarcadas. A espera que em períodos normais é de 20 dias, hoje passa dos 80.
Os médicos peritos pedem um reajuste salarial de 27,9% e diminuição da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais. Em dezembro, o governo apresentou uma proposta para a classe, que foi recusada. Na unidade da Previdência em Foz do Iguaçu, centenas de pessoas esperam diariamente na fila.
O INSS estima que 1,3 milhão de perícias não tenham sido realizadas desde o dia 4 de setembro do ano passado, quando a paralisação foi iniciada. Nesse período, 910 mil perícias foram feitas. Já a estimativa da ANMP é que 2 milhões de perícias tenham deixado de ser realizadas. A perícia é exigida para conseguir o auxílio-doença, aposentadoria especial por invalidez e para voltar ao trabalho depois da licença.