Na segunda-feira, 4, o caso foi confirmado pela Divisão de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMSA), por meio de exames. A paciente, uma mulher de 61 anos de idade, apresentou os sintomas ao retornar de uma viagem no estado de Alagoas, em novembro de 2015.
Moradora da região da Vila C, em Foz, a mulher teria contraído a doença na cidade de Palmeiras dos Índios, na divisa com Pernambuco, onde visitava a sua mãe, de 84 anos, que estava com febre Chikungunya. Ao retornar para Foz, no dia 13 de novembro, ela apresentou falta de sensibilidade nas mãos e pés, dores nas articulações, vômito e sede excessiva, sintomas clássicos da doença.
No dia 14 de novembro, a mulher procurou a Unidade de Pronto Atendimento João Samek (UPA 24h), onde foram solicitados vários exames. O teste para dengue deu negativo, e essa semana o resultado positivo para a Chikungunya foi confirmado. A paciente está sendo acompanhada pela equipe do Programa Saúde da Família, da Atenção Básica, e ainda está em tratamento.
O enfermeiro Roberto Doldan explicou que a Chikungunya é um caso diferenciado da dengue e do Zika Virus, “não tem um tratamento específico e não é letal como a dengue e o Zika, mas os sintomas são piores e mais extensos”. Segundo o enfermeiro, a paciente ainda sente fortes dores pelo corpo, principalmente nas articulações.
Doldan ressalta, ainda, que a região nordeste do Brasil é onde mais apresenta este tipo de doença. Ele recomenda, às pessoas que costumam viajar para esta região, que usem roupas adequada e repelente.
Em Foz, até o momento, 16 casos de possível dengue, Zika e Chikungunya estão sendo monitorados. Destes casos, uma gestante confirmou o caso de dengue. “Precisamos ficar alerta neste período, pois as doenças são parecidas e os mosquitos têm facilidade de se multiplicar”. Finalizou.
CCZ FAZ BLOQUEIO NA VILA C
A notícia de um caso importado de febre Chikungunya em Foz do Iguaçu levou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) a fazer um trabalho ostensivo na região em que a paciente mora, na Vila C Nova. Além da aplicação do fumacê para eliminar o mosquito Aedes Aegypti adulto, também foram feitas visitas domiciliares para identificar criadouros do mosquito.
Nessa quarta-feira, 6, os agentes iniciam na mesma região, o mapeamento do local ou Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa). Em outubro do ano passado, o Índice de Infestação Predial (IIP) era de 3,61% no município, ou seja, de cada 100 casas vistoriadas, entre 3 e 4 tinha larvas do mosquito. O número classificou o município como risco médio para a dengue. Em 2015, foram confirmados 2.587 casos de dengue em Foz, sendo que 48 foram contraídos em outros estados brasileiros ou países.