O Mutirão de Combate ao Aedes aegypti em Foz do Iguaçu já está na terceira semana, e o trabalho não para. O último balanço parcial do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que coordenada a campanha, mostra que já foram visitados mais de 17 mil imóveis. Os dados referem-se às ações realizadas até o dia 11 de dezembro. No total, mais de mil quarteirões foram percorridos pelos agentes. A meta é concluir as visitas até o dia 23 de dezembro.
Em média, 213 Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e Agentes de Combate a Endemias (ACEs), trabalham diariamente nos cinco Distritos Sanitários da cidade. Os ACSs são responsáveis pela verificação de residências e comércio, e os ACEs na fiscalização e limpeza de terrenos baldios. Só nas duas primeiras semanas de trabalho foram percorridos 1.032 quarteirões.
Durante as vistorias, os agentes registraram 54 situações de risco para os moradores e a comunidade. São problemas como caixas d’água sem proteção, e que exigem o uso de equipamentos para fazer a fiscalização. “Nesses casos, os agentes comunicam à coordenação, que envia outra equipe preparada para fazer a vistoria nos locais inacessíveis”, explicou o coordenador de Educação em Saúde do CCZ, Thiago Cavalcante.
A população também colabora fazendo denúncias pelo telefone. O CCZ recebeu mais de 100 ligações com solicitações de serviços ou denúncias de situações que oferecem risco para os moradores. O número é o (45) 3524-8848.
Paralelo ao trabalho “formiguinha”, o CCZ utiliza 13 veículos fumacê. A aplicação de inseticida é realizada todos os dias, inclusive nos fins de semana, sempre entre às 5h e 11h, e entre às 16h e 22h. Os equipamentos de Ultra Baixo Volume (UBV) são utilizados em parceria com a 9ª Regional da Saúde.
Outra frente que ajuda no combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya são as atividades educativas, desenvolvidas com as crianças. Desde o início do mutirão, agentes do CCZ visitam escolas e, com ajuda de maquetes, mostram para os alunos como manter a casa livre de criadouros. “As crianças multiplicam esse conhecimento em casa, e passam a fiscalizar os pais, parentes e amigos”, disse Cavalcante.
Dengue e Zika
O número de casos suspeitos de Zika Vírus na fronteira aumentou desde a semana passada. Agora, já são oito os pacientes que apresentaram sintomas como febre, coceira, dor de cabeça, dos atrás dos olhos, dor no corpo e nas juntas, e manchas vermelhas pelo corpo. “Pacientes que apresentem um dos sintomas já são encaminhados para exames”, disse o enfermeiro Roberto Doldan, da Divisão de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMSA). Os resultados devem demorar mais duas semanas.
Os casos de dengue também continuam aumentando na cidade. Do início do ano até o dia 11 de dezembro foram notificados 5.968 casos e 2.445 foram confirmados. “A população precisa entender que cada um deve fazer a sua parte, e os moradores precisam cuidar de seus quintais, removendo recipientes que possam acumular água. Só assim, vamos vencer a guerra contra o mosquito Aedes aegypti”, conclamou o Secretário Municipal da Saúde, Gilber Ribeiro.
AMN