O Governo do Estado, em parceria com as prefeituras, promove nesta quarta-feira (9) o “Dia D” de Combate ao Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. A mobilização pretende chamar a atenção da população sobre a importância de manter casas e quintais livres de criadouros do mosquito, sobretudo por conta da tríplice ameaça de epidemia.
Atualmente, 294 municípios do Paraná são considerados infestados pelo Aedes aegypti e correm risco de registrar casos de dengue, chikungunya e zika. “Nossa luta é contra o mosquito. Por isso convocamos a população a fazer a sua parte e eliminar todo e qualquer objeto que possa acumular água e se tornar um potencial foco do mosquito”, destacou o secretário estadual da saúde, Michele Caputo Neto.
A programação desta quarta-feira envolve ações educativas em ruas e praças, palestras em unidades de saúde, passeatas, carreatas, mutirões de limpeza, blitze com distribuição de materiais informativos, concursos culturais e intervenções artísticas, entre outras atividades.
ATIVIDADES – No município de Terra Roxa, no Oeste do Estado, acontecerá um passeio ciclístico contra a dengue. Carros de som vão circular com o jingle da campanha contra o mosquito em Tibagi, nos Campos Gerais. Em Ouro Verde do Oeste, voluntários vão percorrer o comércio local para distribuir panfletos da campanha. Já em Cascavel, técnicos da regional de saúde vão abordar o tema com os usuários da Farmácia do Paraná. Em São José dos Pinhais, haverá atividades no Centro da cidade e também na praça de pedágio da BR-277, rodovia que liga Curitiba às praias do Paraná.
PERIGO – Em diversas cidades, equipes de saúde também vão passar de casa em casa para orientar os moradores sobre os potenciais criadouros do mosquito. “Muita gente lembra de cuidar dos vasos e pratos de plantas, mas vemos que o maior problema hoje é o lixo, como aquele copo plástico ou garrafa pet jogados no quintal”, ressalta a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.
Atualmente, quase metade dos criadouros encontrados pelas equipes de saúde durante as inspeções de rotina é considerado lixo ou material reciclável. “O mosquito prefere depositar seus ovos em locais secos, mas precisa da água para que o seu ciclo de reprodução esteja completo. Desta forma, temos que eliminar a água parada, mesmo que seja em uma simples tampa de garrafa”, completou Belmonte.
Há ainda os criadouros naturais, como as bromélias e os ocos de árvore, e os escondidos, como calhas entupidas e bandejas externas de geladeira. Todos esses pontos de risco estão listados no check-list de combate ao mosquito, que será distribuído à população durante o Dia D.
BOLETIM – De acordo com o boletim da dengue, divulgado nesta terça-feira (8), 754 casos da doença foram confirmados no Paraná desde agosto deste ano. Pelo menos duas cidades já estão em situação de epidemia: Guaraci e Santa Isabel do Oeste. Até o momento, a maior parte dos casos foi registrada em Paranaguá (113), Londrina (106) e Foz do Iguaçu (104).
O relatório traz ainda informações sobre a situação da zika e da febre chikungunya no Estado. Desde o início do ano, apenas dois pacientes tiveram diagnóstico comprovado de zika no Paraná. Trata-se de um casal de moradores de São Miguel do Iguaçu, que apresentaram sintomas em maio, foram tratados e passam bem. Existem também outros cinco casos importados, de paranaenses que se infectaram no nordeste do País e foram tratados no Estado.
Quanto à febre chikungunya, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou também nesta terça-feira a ocorrência do primeiro caso autóctone da doença no Paraná. O paciente, morador de Mandaguari, não tinha histórico de viagem para outras regiões e se infectou no território do Paraná. Desde o ano passado, 18 casos importados de chikungunya já haviam sido confirmados no Estado.
AEN