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O Senador Álvaro Dias, do PSDB, participou do programa Contraponto na manhã de segunda-feira (07). Por telefone, o Senador argumentou sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff e o pedido de cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB. Dias também falou sobre a possibilidade do Vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB, de assumir o governo.
Nesta segunda-feira, os partidos já iniciaram a nomeação de seus deputados que vão compor a Comissão que analisará o pedido de abertura do processo de impeachment contra a Presidente da República. Se aprovado, quem julgará o processo será o Senado.
Para o senador, a oposição terá dificuldades em aprovar o processo já na Câmara dos Deputados. Segundo Álvaro Dias, a presidente Dilma, recentemente, “loteou” o governo distribuindo cargos e ministérios para conseguir votos na Casa e derrubar o pedido de sua saída. “Por outro lado, tem o clamor do povo brasileiro que pede a saída da presidente Dilma. Estamos na dependência de alguns movimentos que serão ainda feitos no congresso”. Disse.
O Congresso entra em recesso no mês de janeiro de 2016 e o processo deverá ser paralisado até o mês de fevereiro quando os trabalhos são retomados. “Há hipótese de que o recesso seja cancelado para se votar o processo. Isso depende de uma concordância entre a Câmara e Senado. O fato é que será um tempo de muita pressão”. Ressaltou.
Sobre o processo de cassação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB, o senador enfatiza que o momento é dos piores para Cunha. “Ele deverá ser cassado antes mesmo de iniciar o processo de impeachment da Dilma. Isso é fato”. Observou o senador.
O senador lamentou o atual cenário político brasileiro, no qual, segundo ele, é “o sujo falando do mal lavado”. Dias observou que o problema político virou uma briga para saber quem é mais culpado: Dilma ou Cunha. “Se ficar o bicho come e se correr o bicho pega. Essa é nossa atual situação política. Impeachment deveria ser: punição, condenação e solução, mas deixaram a solução de lado. ”.
Para o senador, outro ponto que preocupa é quem deverá assumir caso Dilma caia da presidência. “Na constituição, quem assume é o vice Michel Temer, do PMDB, mas este também já pode assinar seu impeachment. Este sustenta, também, o mesmo sistema corrupto de governança. ” Afirmou.
“A solução é o sepultamento deste modelo de governo corrupto. Essa é uma esperança para salvar o País. ” Finalizou.