Com plenário lotado de manifestantes contra e a favor, o projeto de aumento do número de vereadores foi retirado de votação na sessão da tarde desta terça-feira (1). A porta de entrada do plenário ficou fechado até às 16h, horário de início da sessão. Quando os manifestantes que estavam pelo lado fora tiveram autorização de entrar, se depararam com um grupo de manifestantes a favor do projeto já dentro. Uma reunião do Partido Verde acontecia no local momentos antes. Por motivo de segurança, guardas municipais recolheram placas de madeira dos manifestantes a favor do aumento.
O presidente Fernando Duso deu início aos trabalhos da sessão extraordinária, onde requerimentos e propostas foram lidos e votados. Em seguida, por volta das 18h, foi dado início à sessão ordinária, onde seria lido o projeto para a segunda votação do aumento de vereadores, de 15 para 21. A demora demora da leitura dos requerimentos causou desconforto entre a população que acompanhava a sessão, que começaram a reclamar. Por várias vezes a sessão precisou ser interrompida até que os manifestantes de acalmassem. Um grupo vestido com orelhas de burro, chamava o vereador Dilto Vitorassi, autor do projeto, de burro.
Enfim, chegou a hora de ler o pedido de retirada do projeto. Como a linguagem usada durante as sessões é técnica, a retirada do projeto de aumento de vereadores e o projeto de corte de assessores passou despercebida pelas pessoas. A vereadora Anice Gazzoui tentou pedir a palavra para explicar o que estava acontecendo, mas não teve autorização da presidência. A decisão pela retirada do projeto foi tomada durante reunião com vereadores e empresários da Acifi, antes do início da sessão.
Em seguida a notícia que a retirada do projeto de aumento de vereadores foi retirada se espalhou e os manifestantes comemoraram. A sessão mais uma vez foi interrompida. Nesse momento os vereadores Nilton Bobato, Gessani Silva e Anice Gazzoui, pediram o microfone e explicaram que junto com a retirada do aumento de vereadores, também foi retirado o projeto que cortava 15 cargos de assessores. Anice disse que a falta de explicação foi um “golpe à democracia” e que irá apresentar um projeto de diminuição no número de vereadores, de 15 para 11.