O Paraná encerrou o terceiro trimestre de 2015 com a segunda menor taxa de desocupação do País. Entre julho e setembro, o índice estava em 6,1%, maior apenas do que Santa Catarina, com 4,4%. Os dados são da Pesquisa por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e foram divulgados nesta terça-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“A economia paranaense termina o ano em grande contraste com a situação de crise nacional. Aqui o pior já passou. Tenho absoluta convicção de que 2016 será bem melhor para os paranaenses do que 2015”, disse o governador Beto Richa. “Estamos trabalhando com muito afinco para retomar níveis de crescimento mais altos”.
CONSISTENTE – O desemprego no Estado registrou ligeira queda em relação ao segundo trimestre (6,2%) e ficou bem abaixo da taxa brasileira, que registrou, no mesmo período, 8,9%
“Recebemos esta notícia com entusiasmo. Os números da pesquisa mostram que, apesar da retração da economia em todo o país, o Paraná está conseguindo manter uma estabilidade no nível de empregos. Isso é uma demonstração que temos uma política consistente de industrialização e de geração de emprego e renda”, afirmou a secretária de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa.
ANIMADORES – De acordo com Daniel Nojima, diretor do centro de pesquisa do Insituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), os dados são animadores se considerado o atual momento da economia brasileira, impactada pela recessão, baixa taxa de investimento, inflação e juros elevados.
“O número surpreendeu positivamente, mas ainda é cedo para falar em tendência, porque os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que mede o emprego com carteira assinada, ainda não são muito positivos”, disse. No terceiro trimestre de 2014, a taxa de desemprego no Estado era de 4,1%.
De acordo com ele, pode se dizer que a desocupação parou de piorar no Estado. O momento mais crítico foi no início do ano, quando a taxa de desemprego passou de 3,7% no quarto trimestre de 2014, para 5,3% nos primeiros três meses de 2015.
“Agora temos uma situação de estabilidade. Vamos ver como o desemprego vai se comportar nos próximos meses, já que ao final do último trimestre ocorrem as contratações temporárias para o Natal, o que pode contrabalançar o resultado dos outros meses”, afirma.
OCUPAÇÃO – No terceiro trimestre houve crescimento, ainda que sensível, do número de pessoas ocupadas no Estado, que passou de 5,433 milhões no segundo trimestre, para 5,435 milhões no terceiro trimestre.
Em relação ao trimestre anterior, houve aumento de 5,8% no número de pessoas ocupadas no setor de alojamento e alimentação; de 2,4% na indústria em geral e de 3,2% na indústria da transformação. Houve queda de 5,4% no número de pessoas ocupadas na construção, setor ainda bastante influenciado pela crise.
Os dados do IBGE também mostram que a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) tinha uma taxa de desocupação de 5,7% no período, a segunda menor entre as 21 unidades da federação pesquisadas. A região de Florianópolis tinha uma taxa de 4,9%.
AEN