A passagem da tocha olímpica por Foz do Iguaçu (PR), no final de junho de 2016, a pouco mais de um mês para o início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, vai ajudar a fortalecer o processo de integração dos países da América do Sul, especialmente, Brasil, Argentina e Paraguai.
Essa é a opinião do ministro do Esporte brasileiro, George Hilton, que participou nesta sexta-feira (20), em Foz do Iguaçu, de uma reunião preparatória para o revezamento da tocha em cidades do Paraná. Hilton disse que pretende convidar os colegas ministros do Esporte dos dois países vizinhos para, no ano que vem, cruzar a fronteira e participar da festa da tocha olímpica na terra das Cataratas.
“Esse momento para nós é emblemático. Estamos aqui na tríplice fronteira e essa não é só a Olimpíada do Brasil, é a Olimpíada da América do Sul, porque é a primeira vez que os Jogos são realizados na região. Por isso, queremos aproveitar a festa para, por meio do esporte, celebrar a integração do bloco”, afirmou.
A reunião teve a presença de prefeitos da região e autoridades envolvidas na organização do evento – entre elas, o diretor executivo de Operações do Comitê Organizador Rio 2016, Marco Aurélio Vieira; o secretário para Assuntos Federativos da Presidência da República, Olavo Noleto; o secretário do Esporte e do Turismo do Paraná, Douglas Fabricio; o prefeito de Foz, Reni Pereira; e o superintendente de Comunicação Social de Itaipu, Gilmar Piolla, que representou o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek.
De abril a agosto de 2016, a tocha olímpica vai passar por cerca de 500 localidades brasileiras, dos 26 Estados e do Distrito Federal, culminando na Abertura dos Jogos Olímpicos, no dia 5 de agosto, no Estádio do Maracanã. Serão mais de 20 mil quilômetros percorridos por via terrestre.
Em mais de 300 dessas localidades, ocorrerá o evento “Revezamento da Tocha Olímpica”, uma grande festividade para divulgar a imagem do Brasil para o mundo. Foz será uma das quatro localidades, entre as mais de 300, em que a tocha ficará mais de um dia – as outras são Fernando de Noronha, Lençóis Maranhenses e Chapada dos Guimarães.
Caminho da tocha em Foz
Integrante do comitê organizador local, o secretário de Esporte de Foz, Anderson de Andrade, disse que no primeiro dia haverá o revezamento da tocha, partindo do Batalhão do Exército, no centro da Cidade, até o Gramadão da Vila A, totalizando cerca de 20 quilômetros.
No trecho, a tocha será conduzida por aproximadamente cem pessoas, a maioria indicada pelos patrocinadores do evento esportivo. No segundo dia, a tocha será levada para alguns dos principais atrativos turísticos da cidade, como Itaipu Binacional, Cataratas do Iguaçu, Marco das Três Fronteiras e Templo Budista.
Em Itaipu
Após o encontro, o ministro e comitiva visitaram o Canal Itaipu, no complexo hidrelétrico binacional. No local, acompanhado de Gilmar Piolla e do diretor de Coordenação de Itaipu, Nelton Friedrich, Hilton conheceu a pista de treinamento da seleção brasileira de canoagem, considerada uma das dez melhores do mundo para a prática esportiva, e conversou com jovens atletas do Projeto Meninos do Lago, que tem apoio da binacional.
Ele também acompanhou um treinamento dos canoístas Felipe Borges e Pedro Henrique Gonçalves (Pepe), pentacampeão brasileiro e vice no Pan-americano de Toronto, no Canadá, neste ano.
“Itaipu, historicamente, inaugura o processo de integração e sempre será um marco na ampliação das discussões entre os países. Do ponto de vista da integração econômica do bloco comercial, essa empresa é um dos maiores pilares que nós temos”, disse.
Ainda segundo ele, a festa da tocha olímpica também será um momento de união do País, independentemente de eventuais crises política ou econômica. “Nós somos melhores e mais fortes quando estamos unidos”, afirmou o ministro.
“Nós temos, portanto, o dever de pegar a tocha e dizer que o Brasil está unido e é mais forte que qualquer crise, que qualquer diferença. E que as diferenças são respeitadas, principalmente o fair play. Temos que aprender a viver com as vitórias e com as derrotas, aprender a respeitar o resultado das urnas e, mais do que isso, temos a obrigação de defender a democracia como a grande conquista deste século”, completou.