A Itaipu atingiu nesta quinta-feira (12) a produção acumulada de 2,3 bilhões de megawatts-hora (MWh). Toda essa energia foi produzida durante 31 anos e sete meses, a contar de maio de 1984, quando a usina binacional começou a operar.
Se fosse possível armazenar essa energia, ela seria suficiente para abastecer o consumo de eletricidade do mundo inteiro por 38 dias e dez horas. Esse volume seria suficiente também para atender ao consumo de energia elétrica do Brasil por quatro anos e dez meses e a demanda elétrica de uma cidade do porte de São Paulo por 78 anos.
A marca de 2,3 bilhões de MWh acontece na mesma semana em que Itaipu cravou 76,3 milhões de MWh este ano, superando a produção anual estabelecida em contrato, que é de 75 milhões de MWh. A usina também deixou para trás o volume de energia produzido no mesmo período de 2014. Em todo o ano passado foram gerados 87,6 milhões de MWh; se forem levados em consideração os últimos dados (afluência hidrológica, ritmo da demanda e capacidade de geração), a produção deve chegar em 31 de dezembro a 89 milhões de MWh.
Para o diretor técnico executivo de Itaipu, Airton Dipp, esses números apenas confirmam como o Brasil e o Paraguai são privilegiados em contarem com a produção de Itaipu, um volume de energia limpa e renovável sem paralelo no mundo. “Vale ressaltar que esse é o resultado de um projeto bem-sucedido, do trabalho de profissionais que se revezaram ao longo dos anos para garantirem o aumento contínuo da eficiência de Itaipu e, também, das condições excepcionais do nosso Rio Paraná.”
Maior geradora
Os 2,3 bilhões de MWh mantêm Itaipu como a maior geradora de energia elétrica limpa e renovável do planeta. Em segundo lugar, em produção acumulada, aparece Guri, na Venezuela. Com início de operação em 1978, a usina venezuelana produziu até hoje 1,3 bilhão de MWh. Em terceira posição vem Grand Coulee, nos Estados Unidos, que opera desde 1941, com 1,2 bilhão de MWh. Ocupa o quarto lugar a russa Sayano-Shushenskaya, que desde 1978 produziu 0,9 bilhão de MWh. No ranking, aparece na mesma posição a canadense Churchill Falls, que desde 1971, produziu 0,9 bilhão de MWh. A chinesa Três Gargantas, que iniciou operação em 2006, também gerou até agora 0,9 bilhão de MWh.
Outubro
Todos esses bons índices ocorrem numa situação hidrológica ainda difícil para o País, que sofre pelo segundo ano consecutivo as consequências de uma das piores estiagens de todos os tempos. O País está sob a influência do El Ñino, que traz chuvas em excesso no Sul e seca intensa no Nordeste.
Participação no mercado
Itaipu responde atualmente por 17% de toda a energia elétrica consumida no Brasil e atende mais de 75% do mercado paraguaio de eletricidade. Para Brasil e Paraguai, sócios da usina, a produção de Itaipu é fundamental para a infraestrutura energética, para a integração e para o desenvolvimento dos dois países.