Carência de infraestrutura obriga a um atleta a percorrer 26 quilômetros por dia de bicicleta para ter aula de natação em Foz do Iguaçu. Praticante da natação desde os três anos, em 2008 começou a treinar no Brasil, com o objetivo de representar o Paraguai nos jogos Olímpicos.
Federico Ramírez Garcete, de 23 anos, reclama da falta de apoio das instituições encarregadas em promover o esporte no país e relata que o Comitê Olímpico Paraguaio ajuda apenas atletas da capital Assunção.
“Praticamente não temos nadadores em Cidade do Leste e os que temos treinam em outras cidades por flata de infraestruturada. a cidade não conta com uma piscina em que se possa treinar durante todo o ano. Em Foz do Iguaçu me emprestam a piscina, que posso ir a qualquer horário”, disse Ramírez, que realiza os treinos na piscina do Ginásio Costa Covalcanti, em Foz.
O atleta contou que desde 2008 atravessa a fronteira para treinar. Nos primeiros dois anos vinha de ônibus, quando em 2010 ganhou uma bicicleta. Ele conta que que são muitos os riscos durante o deslocamento entre Cidade do Leste e Foz do Iguaçu. “Em Cidade do Leste não se respeita os ciclistas e na Ponte da Amizade tenho que me cuidar para que os caminhões não me batam”, relata Ramírez, ressaltando que o objetivo é representar o Paraguai nas Olimpíadas, no Mundial de Natação ou no Sul Americano, mas lembra que em Cidade do Leste não existe apoio das autoridades.
Acadêmico de Engenharia Elétrica da Universidade Nacional del Este, Federico Ramírez há 10 anos apresentou um projeto de patrocínio, quando conseguiu passagens para competir em outros locais.
Fonte: Diario Vanguardia