Reunidos na sede da Guarda Municipal de Foz do Iguaçu, na manhã desta sexta-feira (02), com a presença do prefeito Reni Pereira, integrantes do Comitê da Dengue discutiram as ações realizadas até agora no Município, apresentando balanço sobre o número de casos da doença, da proliferação do mosquito Aedes Aegypti após o período de fortes chuvas e sobre o avanço no sistema de controle dos vetores.
De acordo com o coordenador do Comitê da Dengue, Dr. André de Souza Leandro, com as últimas chuvas houve um aumento da proliferação do mosquito na região sul e em razão disso o Município terá de solicitar novamente o uso do carro fumacê para ajudar nas ações de combate à dengue. “Vamos precisar da ajuda do Estado neste momento para usar os carros fumacê mais uma vez, só destacando que serão utilizados apenas na região do grande Porto Meira, onde o temporal atingiu as casas e onde tem maior número de entulhos e que possam facilmente acumular água”, explicou.
Segundo Dr. André, a campanha “Cidade limpa, População saudável”, iniciada há meses atrás, será continuada e ganhará força com as ações integradas na região sul. “Queremos contar com a colaboração de todos os moradores, ajudando a não deixar água parada em utensílios e qualquer recipiente. A população precisa se conscientizar da importância de se ter uma cidade limpa, por que cidade limpa traz inúmeros benefícios coletivos à saúde em geral. Por isso esperamos contar com a ajuda dos moradores em não depositar lixo em local inadequado”, destacou.
Durante a reunião foi falado que as ações precisam permanecer constantes, pois Foz do Iguaçu por ser região de fronteira e pelas condições climáticas apresenta risco da dengue. “A proliferação de vetores é muito maior em razão das condições climáticas deste ano, pois tivemos inverno, mas não tivemos frio e isso interfere diretamente na formação dos criadouros. Ainda que nós não tenhamos uma epidemia de dengue em números, temos a transmissão da doença. Então, por isso, precisamos nos empenhar nesta campanha e temos de trabalhar o mais rápido possível para conter a proliferação do mosquito. É importante que demos sequência em todos os trabalhos que vêm sendo realizados desde o início do ano para conter o avanço da dengue em Foz do Iguaçu”, frisou Dr. André.
Sobre o concurso para agente de endemias, publicado em edital do Diário Oficial do dia 01 de outubro de 2015, o coordenador da Dengue adiantou que após a realização do concurso e aprovação dos candidatos, os novos agentes irão somar força ao trabalho. “Isso já era uma luta desde 2007, e agora uma grande conquista, pois serão mais 60 profissionais atuando conosco em campo. Teremos para o ano que vem mais mão de obra para ajudar em nossas ações diárias, então vejo esta iniciativa como muito positiva ao Município”.
Sobre o uso das armadilhas, instaladas em Três Lagoas e no Jardim Cataratas, o Comitê da Dengue definiu como ações eficazes que têm mostrado bons resultados. “Desde que instalamos, estamos fazendo o monitoramento dessas armadilhas e elas têm significado epidemiológico muito grande. Trazem uma precisão na ação de controle, e assim, podemos identificar quando o mosquito está com o vírus da dengue ou não”, informou.
“Com as armadilhas e o geoprocessamento, lançamos em Foz do Iguaçu um modelo de vigilância completo, chamando de “vigente”. Sistema de monitoramento que permite que nós tenhamos maior acerto na área a ser trabalhada e que agora será expandido para dois mil quarteirões em Foz do Iguaçu, a partir de segunda-feira. Mas todos os segmentos devem agir integrados, pois de nada adianta todo esse sistema se nossas ações forem fracas. Foz do Iguaçu passa por um novo momento sobre problemas com doenças transmitidas por vetores, por termos avançado no trabalho de controle, com ações precisas e eficazes. Mas a população deve ajudar e fazer a parte dela em casa, recolhendo qualquer material para não acumular água e vigiar com frequência”, salientou André de Souza.