A meteorologia prevê que a primavera e o verão paranaenses serão marcados por tempestades severas. Durante as duas estações devem ocorrer chuvas intensas, granizo e ventos fortes. Contribuem para isso as mudanças climáticas e os efeitos do fenômeno El Niño, que em 2015 ganhou mais força.
Baseada nas informações do Instituto Simepar do Governo do Estado, a Defesa Civil faz um alerta aos municípios paranaenses para que deixem estruturas locais prontas para agir em caso de emergência. “É tempo de conferir se a estrutura, os serviços e equipes municipais estão devidamente preparados para atender eventuais desastres naturais”, explica o coordenador executivo da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Edmilson de Barros.
Os dados climáticos reforçam a necessidade da advertência. Entre janeiro e setembro deste ano foram registradas 338 ocorrências em 178 municípios, com mais de 245,2 mil paranaenses atingidos. Os prejuízos somam R$ 185,8 milhões nas zonas urbana e rural.
Barros entende que quanto mais preparado o município menores serão os danos e o sofrimento da população. “Essas providências são essenciais para garantir que sejam cada vez menores os impactos de fortes chuvas ou fortes ventos, especialmente nas médias e pequenas cidades”, enfatiza o coronel.
Neste ano, em algumas localidades houve vendaval, granizo, enxurrada ou alagamento mais de uma vez. Ainda assim, comunidades foram pegas “desprevenidas” e não puderam enfrentar a situação de modo organizado, conforme previsto no Plano de Contigência.
Barros reforça que a checagem dos dados e a realização de situações simuladas sobre as ações e aplicação de técnicas por funcionários e voluntários deve ser uma preocupação constante das coordenadorias municipais de Defesa Civil.
“As prefeituras têm na Defesa Civil do Paraná um seguro e eficiente parceiro, a custo zero, para um trabalho integrado de proteção às comunidades”, afirma, recomendando que os municípios devem cumprir os procedimentos pré e pós eventos.
MAIS AVANÇADA – Os pesados investimentos do Governo do Estado em tecnologia de ponta e formação de pessoal, especialmente em meteorologia, desde 2011, fizeram da Defesa Civil do Estado a mais moderna e avançada do País na gestão do risco de desastres.
Estrutural e tecnologicamente bem desenvolvida, a Defesa Civil desenvolveu uma ferramenta digital de apoio às prefeituras em parceria com a Celepar. Com ela, todos os 399 municípios elaboraram um Plano de Contingência nos últimos quatro anos. “É o único Estado brasileiro que está nesta condição”, afirma o coronel Barros.
O município só precisa de login e senha para ter acesso ao Plano de Contingência, que é um mapeamento completo das condições informadas anteriormente, para atender a comunidade em caso de desastre – onde, como e com o quê – e alertar a Defesa Civil, quando ocorrer algum evento.
O preenchimento do documento é exigência da legislação federal e estadual para instruir a decretação e o reconhecimento de situação de emergência ou estado de calamidade pública, em casos de desastres, e para a obtenção de recursos para a cobertura de danos.
“Só com os requisitos do Plano é possível ao município realizar compras emergenciais, com dispensa de licitação, obter a liberação de FGTS, e ter acesso a recursos do Estado e da Federação”, explica o coordenador executivo da Defesa Civil estadual.
AEN