por assessoria
Criado em 1991, concurso realizado este ano bateu recorde com 1.075 obras inscritas
A programação da 11ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu reservou para o domingo à noite, dia de seu encerramento, a entrega do Prêmio Cataratas de Contos e Poesias. Realizado na cidade desde 1991, neste ano o concurso registrou um número recorde de obras inscritas – 1.075, sendo 541 poesias e 534 contos.
Como forma de marcar sua isenção e valorizar os escritores locais, o prêmio divide-se entre autores locais e de fora. Em 2015, além das produções “da casa”, concorreram contos e poesias de vários estados brasileiros e de países como Bolívia, Colômbia, Uruguai, Argentina, Cuba, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, Holanda e Japão.
Os vencedores
Entre os concorrentes na categoria Poesia, o vencedor no geral foi Cláudio David Dangió, de Bauru, com a obra Lázaro, o cerrado e a profecia. Durante a premiação, o escritor revelou ter ficado surpreso com o resultado. “Ser premiado em primeiro me assustou e me emocionou. Chorei, sorri, vibrei e comemorei com a família. Hoje estou em clima de lua de mel com a poesia e com a esposa, que me acompanhou nessa viagem até Foz”, afirmou.
Já o vitorioso entre os contos foi o baiano Dênisson Padilha Filho, com Roupa íntima, amor felino. Escritor e roteirista em Salvador, ele contou ter apostado na tradição do prêmio. “Apostei no Prêmio Cataratas, que já é tradicional, e fiquei feliz de ser vencedor principalmente neste ano de 2015, em que houve recorde de inscrições.”
Autores locais
Entre os escritores de Foz do Iguaçu, Ian Martin Vargas ficou em primeiro lugar na categoria Conto. Guia de turismo, estudante de Direito e aspirante a escritor, ele venceu com Itinerário. “Escrevo desde pequeno, porque foi um incentivo dado a mim pela minha família. Sou um colecionador de livros e tenho paixão pelas letras. Esse evento é muito importante para consolidar a cidade como um polo cultural. Escrevi o conto especialmente para o concurso e tive a honra de ser selecionado e a glória de ser premiado”, disse.
A primeira colocação entre os poetas foi de Mayko Ricardo da Silva, com E agora, Maria? – poema inspirado na obra E agora, José?, de Carlos Drummond de Andrade. Após um período sem escrever, o funcionário público recomeçou neste ano e acabou recompensado. “Foi maravilhoso receber esse prêmio. Confesso que não estava esperando. Foi muito bacana. Isso dá um outro gás para continuar a produzir”, destacou.
As poesias e contos premiados receberam uma versão dramática encenada pela SDS Companhia Teatral, de Foz do Iguaçu.