O Paraná tem o terceiro maior salário médio do País. No segundo trimestre de 2015, os trabalhadores paranaenses receberam, em média, R$ 2.061,00 valor que ficou atrás apenas do que foi pago em São Paulo (R$ 2.494) e Distrito Federal (R$ 3.555). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua trimestral, divulgada nesta terça-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o IBGE, o paranaense recebe 9,5% mais do que a média nacional, que é R$ 1882. O levantamento da PNAD Contínua considera o rendimento médio real (já descontada a inflação) dos trabalhadores ocupados com mais de 14 anos. Em relação ao primeiro trimestre do ano, o salário médio no Paraná registrou um avanço real de1,7%.
Segundo o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), Julio Takeshi Suzuki Junior, a diversificação da economia do Estado, com a instalação de novas indústrias nos últimos quatro anos, tem influência no pagamento de salários mais altos, já que tradicionalmente o setor industrial exige maior qualificação e paga salários maiores.
“O que chama a atenção é que o Paraná está à frente de Estados como Rio de Janeiro, que tem uma participação grande do setor público na geração de emprego. O adensamento econômico nas últimas décadas provocou esse crescimento dos salários”, diz. O Rio de Janeiro tem salário médio de R$ 2.046, Santa Catarina de R$ 2.033 e o Rio Grande do Sul de R$ 2.017.
MÍNIMO REGIONAL – O rendimento maior no Estado é puxado também pelo crescimento da agroindústria no interior e do salário mínimo regional – que hoje é o maior do País.
O mínimo regional do Paraná teve um reajuste de 8,8% em maio desse ano e passou a variar de R$ 1.032,02 a R$ 1.192,45. O valor é válido para categorias profissionais que não têm convenção nem acordo coletivo de trabalho.
Nesse grupo estão trabalhadores nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca, serviços administrativos, empregados em serviços, vendedores do comércio e trabalhadores de reparação e manutenção, além de profissionais da produção de bens e serviços industriais.
Estima-se que 1,5 milhão de pessoas sejam influenciadas direta ou indiretamente pelo piso regional. Ele serve como referência para reajustes também de outras categorias, o que ajuda a puxar para cima o rendimento médio.
AEN