O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registrou até este mês de agosto cerca de mil casos de leishmaniose em cães de Foz do Iguaçu. De acordo com o médico veterinário André Doldan, chefe do CCZ, a orientação é que a população não dê condições para proliferação do mosquito e proteger o cão com a coleira repelente e vacinação. Em caso de suspeita, procurar um veterinário particular, ou do CCZ.
Doldan informou que a leishmaniose é uma doença que existe tratamento, mas não há cura. “A orientação do Ministério da Saúde é que o animal considerado positivo deve ser encaminhado à eutanásia”, disse.
Saúde Pública
O Congresso Nacional estuda duas propostas de campanha de prevenção contra a leishmaniose, a primeira é vacinar a população canina, assim como já acontece com a raiva, e a outra de permitir o tratamento do animal infectado. Em Foz do Iguaçu, os vereadores discutem a possibilidade de aprovar uma lei obrigando a vacinação.
Doldan explicou que hoje a vacina contra leishmaniose é extremamente complicada e cara. “A vacinação da leishmaniose é completamente diferente da anti-rábica. Ela vai depender de no mínimo quatro doses, uma dose seguida de mais três em um período de um mês de intervalo entre cada”, explicou o veterinário, informou que o custo por animal pode chegar a até R$ 600. Em Foz do Iguaçu existem cerca de 60 mil cães.
“O programa hoje depende de novas ferramentas e a vacina hoje pode vir a ser a ferramenta mais eficaz. Mas tudo depende de experimentação, não é algo que a gente começa do nada e pelo fato de funcionar nos animais a gente começa a aplicar em saúde pública”, disse Doldan.
Sintomas
A leishmaniose é uma doença transmitida para o cachorro através do mosquito-palha, que se prolifera em matéria orgânica em decomposição, como folhas secas. Os sintomas no animal pode ser emagrecimento, perda de massa muscular, uma espécie de caspa pelo corpo, feridas nos olhos, focinho e orelha e o crescimento exagerado das unhas.
Chefe do CCZ fala sobre vacinação antirrábica e leishmaniose:
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