Depois de sofrer muita resistência no Poder Legislativo iguaçuense, foi reprovado, na sessão de terça-feira, 4, com o voto da maioria dos vereadores, o requerimento, de autoria do vereador Nilton Bobato (PCdoB), que propunha ao prefeito municipal a construção de um memorial em referência ao massacre cometido no dia 29 de abril deste ano pelo governo do estado contra os trabalhadores da educação paranaense.
A proposta visava instalar um monumento em frente à Praça do Mitre, local que foi palco das mobilizações dos iguaçuenses que trabalham para a educação do estado do Paraná. “Só vamos evitar que um crime como o que aconteceu no dia 29 de abril se repita se deixarmos cravado na história sua existência, esta era a ideia do monumento, porque o dia 29 de abril foi um crime bárbaro, reconhecido com tal por toda a imprensa mundial”, esclareceu Bobato.
Desde que começou a tramitar, a matéria foi recebida com contrariedade pelos vereadores da base governista e estava sob pedido de vistas. Com a devolução do requerimento para votação e após novas manifestações de divergência da maioria, um novo pedido de vistas foi derrubado, dando sequência à votação e a respectiva derrubada.
O dia 29 de abril de 2015 foi um marco trágico na história da democracia paranaense, impactando na vida dos trabalhadores da educação e de toda a população, alcançando dimensões nacionais e internacionais tendo em vista a violação aos direitos humanos. Registrar o dia 29 de abril, por meio de um memorial, em uma praça simbólica de uma cidade turística, visava expor este grave episódio na história mundial que precisava ser lembrado por todos.