Com a solicitação do Executivo Municipal, uma fiscalização foi realizada na manhã de segunda-feira, 3, para averiguar denuncias envolvendo dados do Cartão Nacional de Saúde, SUS, em Foz do Iguaçu. A ação foi realizada pelo departamento de Imigração da Polícia Federal (PF) e auditores da Secretaria Municipal da Saúde (SMSA).
O foco da investigação é sobre as emissões para estrangeiros que alegam viver no Brasil. Somente na região do Porto Meira, as equipes encontraram uma comunidade religiosa com 30 casas onde moram cerca de 90 pessoas, muitos de origem paraguaia. O local despertou desconfiança porque vários cartões foram solicitados com o mesmo endereço.
A Polícia Federal solicitou uma relação de todas as pessoas que vivem no local para verificar se a situação dos estrangeiros é legal.
O Secretário Municipal de Saúde, Charlles Bortolo, ressaltou que quem estiver em condições legais poderá continuar usando o benefício, “caso contrário não será mais atendido”, finalizou.
Desde que o município verificou a existência de 800 mil cartões diante de uma população de quase 300 mil habitantes, passou a recadastrar os pacientes na tentativa de comprovar fraudes e má fé, que oneram os cofres públicos.
Estima-se que, por mês, a Secretaria Municipal da Saúde gaste R$ 3,5 milhões desnecessariamente, com o atendimento de paraguaios e outros estrangeiros que não tem direito ao benefício.
Só com hemodiálise, são R$ 100 mil mensais. “Vamos continuar fazendo visitas e quem não conseguir comprovar a documentação, vai ter o Cartão SUS cancelado”, garantiu Bortolo. O Executivo Municipal também pediu a intervenção do Gaeco na investigação de formação de quadrilha do Cartão SUS.
Com assessoria